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La OTAN pretende destrozar la Federación Rusa. Martinho Junior

A NATO PRETENDE ESTILHAÇAR A FEDERAÇÃO RUSSA.

Toda a manobra da NATO, desde o alargamento a leste da União Europeia, às incursões no Ártico, à saída do Afeganistão, à tomada de África com a tácita contribuição do artifício jihadista e aos acontecimentos no Cazaquistão, indiciam de forma conjugada e claramente, que o objectivo é, por via de processos de “guerra híbrida” sustentados pela rede de bases subordinadas ao Pentágono e movimentos navais de toda a ordem entrosados com a US Navy, em última analise fragmentar de forma irreversível a Federação Russa, seus aliados de maior extensão e cristalizar a RPC “acantonando-a” na sua região, desagregando definitivamente a capacidade de integração emergente em particular na imensidão da EurÁsia!

É isso que está agora exposto sob os nossos olhos no início de 2022 e nessa geoestratégia, a Federação Russa só está (ainda) completamente à vontade no despovoado Ártico, onde aliás concentra o seu poder naval mais decisivo!

A tentativa de estilhaçar a Rússia implica contenção a ocidente (Atlântico), contenção a oriente (Pacífico) e agressão por via dum corte mais agressivo a partir do sul em função do Médio Oriente Alargado e Ásia Central, tendo em conta de operar a partir do norte (Ártico).

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Percepção dos maiores contribuintes financeiros europeus da NATO, o que explica a ideologia dos seus estados e as suas decisões geoestratégicas por eles tomados no quadro de sua vassalagem

 

Esse é o tipo de capacidades que estão em cima da mesa por parte do “hegemon” unipolar, reconvertido pela doutrina Biden contra a Federação Russa e a República Popular da China, apanhando por tabela suas iniciativas integradoras numa perspectiva de trocas comerciais e de paz, ou seja num concerto alargado de nações estimuladas nos princípios de relacionamento internacional em vigor na Organização das Nações Unidas!…

Por essa razão essa “guerra híbrida” com essas capacidades geoestratégicas, não pode ser feita respeitando os princípios de relacionamento internacional previstos pela ONU, desde logo em função da manobra “colorida” da própria implosão da URSS, sincronizada com o fim do bloco socialista europeu e o fim do Pacto de Varsóvia, no início da década de 90 do século passado!

Por essa mesma razão a “democracia representativa” é uma maquiavélica alienação e uma mentira ao dispor do “soft power” do domínio, até em relação ao consumismo cujo maior impulsionador já é a China!

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Percepção do papel geoestratégico do Cazaquistão, o maior país em extensão do mundo sem acesso directo a oceano algum – está equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, assim como equidistante entre o Índico e o Ártico, a sul do meio da Federação Russa e numa região fulcral entre a Rússia e a China

 

A Ucrânia e Taiwan são apenas pequenas peças desse “xadrez geoestratégico agressivo e ofensivo” de pendor global e é com esse critério que a NATO está a ser arrastada por via de sua instrumentalização, na tentativa de romper com a progressão das oleodutos e gasodutos russos e de seus aliados da Ásia Central, Irão incluído, assim como romper a circulação em crescendo das Novas Rotas da Seda terrestres e marítimas entre o Extremo Oriente e a Europa!

Já o Cazaquistão é uma manobra que se aproxima duma “pedra angular” de natureza geoestratégica próximo dos objectivos finais da fragmentação da Rússia e isolamento da Cina na sua região!

O “hegemon” unipolar está numa fase de desespero por que a União Europeia não tem condições a longo prazo de suster o que está a ser proposto energética e comercialmente pelos emergentes capazes de integração de esforços de Vladivostok a Londres!

O consumismo europeu está à mercê inequivocamente desse poder pacífico de manobra!

Também não tem condições de partir para uma nova guerra devastadora, conforme ao que o “hegemon” unipolar pretende continuamente estimular na Ucrânia e em torno de Taiwan, pelo que quando muito vai procurar alinhar numa contenção de força de geometria variável, ao contrário do Reinjo Unidos do após Brexit!

Está-se num momento crítico do embate entre o universo emergente multipolar conforme aos projectos de paz geoestratégica propostos em comum pela Federação Russa e a República Popular da China contra a bárbara geoestratégia do “hegemon” unipolar militarmente alicerçado e vocacionado para a “guerra híbrida”!

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Percepção do cerco à China a partir do Índico e do Pacífico segundo o Tratado hegemónico AUKUS

 

Nos próximos 5 anos assistir-se-á ao desenrolar das operações dum lado e do outro, mas a geoestratégia de paz e de integração comercial, económica e financeira, é a única que pela sua natureza pode servir, ainda que tacitamente, aos interesses de todo o Sul Global, particularmente no sul da Ásia, em África e na América Latina, onde vão despontando sintomaticamente as vanguardas progressistas que apontam para o fim do capitalismo e para o despontar do socialismo integrador, por que ali é impossível uma nação duas economias!

9 de Janeiro de 2022.

Putin responde se invadirá a Ucrânia – https://www.youtube.com/watch?v=k2XiRX4ImHE

(Imagen de portada: Percepção do avanço da NATO que, segundo o Presidente Putin, implicou em 5 mentiras com as quais o “hegemon” unipolar procurou “anestesiar” a Rússia a ocidente)

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