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Bloqueo y piratería en pleno siglo XXI

BLOQUEIO E PIRATARIA EM PLENO SÉCULO XXI.

Esgotados em meio ano os recursos que a Terra dispõe para cada ano, o sistema capitalista neoliberal e especulativo esvaiu-se e, de bolha em bolha, perversamente cavou a sua própria sepultura, mas nem por isso essa sepultura fez esmorecer o jogo psicológico dos processos de domínio do império da hegemonia unipolar que prevalecem em função do poder da aristocracia financeira mundial, de 1% sobre o resto da humanidade!

Ainda que a herança seja tão pesada quanto ela realmente é, a ponto de obrigar o império a passar à defensiva, não querem sequer admitir o colapso e escondem com a pandemia do Covid-19 a hecatombe!…

A sepultura neoliberal obriga que os processos de domínio da hegemonia unipolar se adaptem à nova situação numa posição de dramática perda face a concorrência emergente e nada melhor que a lógica proteccionista que projectou a administração republicana de Donald Trump para, indo ao jogo global, tentar salvar o domínio unipolar ainda que com um exercício de geometria variável a que não se pode furtar, reduzindo-se cada vez mais ao espectro regional!…

Um dos aspectos mais críticos desse jogo de guerra psicológica em regime de geometria variável de 5ª geração e no âmbito da IIIª Guerra Mundial, flui nos relacionamentos dos Estados Unidos com o resto da América e radicaliza-se imediatamente a sul, influindo no espectro físico-geográfico de todo o Caribe, o insular e o continental, tendo como alvos principais Cuba Revolucionária, a Nicarágua Sandinista e a Venezuela Bolivariana!

Entende-se assim os termos do bloqueio e da pirataria que exponencialmente derivaram já para a manobra do bloqueio naval, com o recurso a todas as justificações imaginárias e alienadas para garantir o seu exercido!… (http://www.correodelorinoco.gob.ve/paises-sancionados-dan-ejemplo-de-humanidad-generosidad-y-esperanzas-en-tiempos-de-covid-19).


01- O bloqueio naval está a emergir do bloqueio económico e financeiro, tornando a pirataria nas Caraíbas mais física, mais palpável e sensorialmente mais presente em todo o espaço onde se exerce, tendo como alvo preferencial Cuba Revolucionária, a Nicarágua Sandinista e a Venezuela Bolivariana! (https://exame.abril.com.br/mundo/marinha-dos-eua-esta-pronta-para-fazer-o-que-for-preciso-com-a-venezuela/; https://www.causaoperaria.org.br/guaido-quer-apoio-do-brasil-para-impor-um-bloqueio-naval-a-venezuela-2/).

O bloqueio naval implica na mobilização de meios, no estabelecimento de táticas, de estratégias e de programas, num movimento frenético contínuo e em crescendo, estabelecendo objectivos que por si são rótulos capazes de encontrar justificações de encantar e esconder a verdadeira e final intenção de conquista! (https://www.businessinsider.com/us-freedom-of-navigation-operation-in-caribbean-off-venezuela-coast-2020-1).

O movimento global da Marinha de Guerra dos Estados Unidos está a decrescer, em alguns pontos há efectivos a serem retirados, mas o US South Command foi sensivelmente reforçado, particularmente no Mar do Caribe. (https://br.sputniknews.com/sociedade/2020042615502689-surto-de-coronavirus-a-bordo-de-porta-avioes-dos-eua-revela-anomalia-curiosa/).

Na América Latina tudo é feito no âmbito das “boas intensões”, para adoçar a pílula do império (nos termos do carácter de sua guerra psicológica), apesar de há muito se saber que “de boas intenções está o inferno cheio”, fazendo tábua-rasa dos avanços revolucionários e mantendo o padrão inquinado da “democracia representativa”, afim ao jogo das oligarquias vassalas e do “Ministério das Colónias” que continua a ser a Organização de Estados Americanos!… (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/04/22/por-la-humanidad-venezuela-y-cuba-se-levantan/).

O US South Command encarrega-se do eixo instrumental e vector dos dispositivos que estão em fase de implantação e incremento, arregimentando coligações continentais e extracontinentais, o que inclui “atractivos” para melhor ensaiar as articulações conseguidas de tensão em tensão! (https://www.southcom.mil/MEDIA/NEWS-ARTICLES/Tag/109086/venezuela/).

A geografia do Caribe é um factor indispensável a ser levado em consideração, pois um bloqueio naval necessita de pontos de apoio para a manobra, pontos de apoio esses que se podem tornar na desejável rectaguarda capaz de servir de mola para catapultar as ofensivas que incluem velhos programas de desembarque! (https://www.youtube.com/watch?v=zuljV-2GcuM).

Exemplos recentes não faltam, entre eles a experiência britânica da retomada das Malvinas tendo como catapulta a ilha de Ascensão! (http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk/199850.stm; https://www.britishempire.co.uk/forces/armycampaigns/southamerica/falklands/falklandswar.htm).

Em termos de exercícios navais, recorde-se o que foi realizado nos meses de Maio e Junho de 2006, sob a etiqueta “Jont Caribbean Lion 2006”… (https://www.diariolibre.com/actualidad/ee-uu-comenz-maniobra-militar-en-el-caribe-EUDL93503N; http://www.radiolaprimerisima.com/noticias/generica/716/maniobras-militares-de-gran-escalabrinvaden-el-caribe-objetivo-venezuela/; https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Joint_Caribbean_Lion_2006; https://de.wikipedia.org/wiki/Joint_Caribbean_Lion_2006).

Se com Cuba Revolucionária o império assume-se com “velhas contas por ajustar” sobretudo desde o fim da ditadura do seu fantoche Fulgêncio Baptista há mas de 60 anos (https://www.britannica.com/event/Cuban-Revolution; https://www.britannica.com/topic/26th-of-July-Movement; http://www.radiorebelde.cu/50-revolucion/historia/resena-historica.html; https://www.ecured.cu/Revoluci%C3%B3n_Cubana), com a Nicarágua Sandinista a experiência revolucionária flui há 40 anos (https://thegrayzone.com/2019/08/22/nicaragua-sandinista-revolution-40th-anniversary/) e com a Venezuela Socialista e Bolivariana a cobiça pelo domínio sobre os produtos energéticos e o escândalo de outras matérias-primas minerais, atiça as ementas da desenfreada ingerência e manipulação desde a chegada ao poder do Comandante Hugo Chávez logo à entrada do século XXI, há 20 anos (https://www.ecured.cu/Revoluci%C3%B3n_bolivariana)!…

Nos três casos há que considerar com confirmação histórica: enquanto houve regimes vassalos e ditatoriais, jamais houveram bloqueios, sanções, ou deliberadas acções navais na tentativa de estrangulamento, mas desde o dia em que governos independentes, soberanos, revolucionários e de democracia popular participativa tomaram o poder em Cuba, na Nicarágua e na Venezuela, que passaram a haver bloqueios, sanções, ingerências, pirataria, cavalos de troia e acções navais na tentativa de estrangulamento, num processo em refinação contínua!…

 

02- Dessa reforçada experiência do US South Command (https://www.southcom.mil/) há já rescaldos em relação aos mares territoriais da Venezuela particularmente a norte dos estados de Sucre, Miranda e Vargas (de leste para oeste), onde se encontram os dispositivos bolivarianos que defendem Caracas. (https://www.ecured.cu/Caribe_(regi%C3%B3n)).

As águas territoriais têm um alargamento uma vez que há um conjunto de ilhas venezuelanas na larga bacia do Caribe: o pequeno arquipélago de Nova Esparta (estado insular), a leste e as pequenas ilhas que são dependências federais, entre elas o micro arquipélago Los Roques (a oeste). (https://www.ecured.cu/Venezuela).

A oeste dessas ilhas está Aruba, Curaçao e Bonaire, dependências holandesas e ilhas que são referência da NATO, imediatamente a norte do estado venezuelano de Falcón. (https://www.ecured.cu/Antillas_Neerlandesas).

Há um intrincado de fronteiras marítimas, que o US South Command nas suas alegadas operações de combate ao tráfico de drogas conhece bastante bem e por isso esse operativo foi reforçado com novas unidades navais capazes de navegar em águas rasas e conseguir extraordinárias velocidades de ponta no mar aberto. (https://www.southcom.mil/MEDIA/NEWS-ARTICLES/Tag/88434/caribbean-sea/).

Unidades navais da classe Freedom, o USS Detroit é exemplo, constituem uma classe de navios de combate aptos a operações no litoral. (https://www.navy.mil/navydata/fact_display.asp?cid=4200&tid=1650&ct=4).

Essa classe foi introduzida em Janeiro deste ano, actuando nas imediações do mar territorial da Venezuela!

Constate-se o movimento do USS Detroit em Janeiro de 2020, corolário de patrulhas que foram feitas desde Outubro de 2019 no Mar do Caribe: (http://www.uscarriers.net/lcs7history.htm).

“January 5, 2020 The Detroit moored at Pier 16 in Port of Cristobal, Panama, for a two-day port call; Moored at Naval Station Guantanamo Bay for upkeep from Jan. 11-17; Transited eastbound, off the coast of Caracas, Venezuela, on Jan. 21; Moored at Berth 8 in Port of Ponce, Puerto Rico, for a brief stop on Jan. 23; Transited westbound, off the north coast of Hispaniola Island, on Jan. 24.”

Essa foi uma redundância dos “ensinamentos” recolhidos a partir do Exercício “Joint Caribbean Lion 2006”, que também contribuíram para os conceitos do ataque à Líbia em 2011!…

 

03- A força-tarefa da US Navy no Mar do Caribe teve pois a oportunidade, sob o rótulo de combate ao tráfico de drogas, (https://www.southcom.mil/EnhancedCounterNarcoticsOps/) de aumentar o volume e melhorar a qualidade de meios ao seu dispor e de se aproximar das águas territoriais da Venezuela a norte de Caracas, onde suas naves da classe Freedom podem agora fazer passagens rápidas, incluindo explorações provocatórias em águas rasas (coisa que em 2006 não era possível levar a cabo de forma tão sofisticada e surpreendente).

A classe Freedom veio assim reforçar no Mar do Caribe e na costa do Pacífico, os navios mais lentos e menos capazes de intervenção de pequenas unidades especiais da US Coast Guard (https://www.uscg.mil/) que normalmente são utilizados sob o rótulo de combate à migração ilegal e ao tráfico ilícito de drogas.

Esse reforço implica operações de desembarque de grupos táticos de fuzileiros navais, ou de forças especiais, com ou sem suporte de manobra de helicópteros embarcados, ou seja, acções de caracter anfíbio e não só operações de interseção no mar. (https://www.southcom.mil/Lines-of-Effort/; https://www.marforsouth.marines.mil/).

A percepção dessas alterações teve as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e por isso aumentou também o grau de atenção às suas costas viradas para o mar do Caribe, tendo como especial atenção o meridiano na direcção de Caracas, articulando a manobra naval disponível com as capacidades em terra (incluindo nas ilhas), desde as de detecção, como as de prevenção e intervenção. (http://www.ansalatina.com/americalatina/noticia/venezuela/2019/02/16/maduro-avanza-en-un-plan-militar-de-defensa_b68f798c-f283-45e8-8713-a5df27f72740.html; https://www.vtv.gob.ve/tag/redi/).

A evolução dessa situação operativa possibilitou ao US South Command ensaiar manobras de provocação, estudando com antecedência, ensaio a ensaio, o que fazer e como fazer e isto antes dos constrangimentos correntes com a pandemia que está a também a afectar a frota naval dos Estados Unidos.

Uma das questões que naturalmente foi abordada, foi a das características da classe Guaicamacuto, pequenos navios de 79,9 metros, construídos nos estaleiros da Navantia, em São Fernando, na região sul da baía de Cádiz, em Espanha: a estrutura e os cascos são de material leve, uma vez que são feitos para navegar em águas rasas do litoral… (https://moraisvinna.blogspot.com/2008/10/guaicamacuto-inicia-se-modernizao-da.html).

Assim foram analisando o expediente de resposta da Marinha da Venezuela, que assenta principalmente na utilização dos três pequenos navios de vigilância do litoral da classe Guaicamacuto, vocacionados para a vigilância defensiva em águas territoriais. (https://www.youtube.com/watch?v=eccpsBJWT04; https://es.wikipedia.org/wiki/AB_Naiguat%C3%A1_(GC-23)).

A escolha para a provocação, os fins justificam os meios, pode ter recaído em função dum pequeno cruzeiro de luxo adaptado à navegação em mares gelados (por isso com estrutura e quilha reforçada), que detém também capacidades para alojar uma pequena força anfíbia (ao nível de pequenas unidades especiais, que se podem adaptar aos 14 “zodiac” embarcados), o que lhe confere características adaptadas à insularidade do mar do Caribe e a manobras de desembarque de pequenos grupos de infiltração. (https://www.oneoceanexpeditions.com/vessels/vessel-rcgs-resolute).

O navio “RCGS Resolute” (“Royal Canadian Geographic Society Resolute”), teve desde o início de sua exploração uma gestão cheia de conflitos e de tensões. (https://en.wikipedia.org/wiki/RCGS_Resolute).

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Navio registado na Madeira no centro de mais um incidente diplomático entre a Venezuela e Portugal – https://funchalnoticias.net/2020/04/01/navio-registado-na-madeira-no-centro-de-mais-um-incidente-diplomatico-entre-a-venezuela-e-portugal/

Numa dada altura, entre 1991 e 2008, o seu porto inicial de bandeira foi Nassau, nas Bahamas, mas de então para cá mudou o seu registo para a Madeira, Portugal e por isso tem pavilhão português… um “pavilhão offshore”! (https://www.sabado.pt/mundo/detalhe/santos-silva-garante-que-caso-do-navio-resolute-na-venezuela-nao-e-incidente-entre-estados; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/a-desfacatez-do-colonizado-augusto.html).

As rotas habituais de exploração são além do Mar do Caribe, a Groenlândia, o Ártico e a Antártida, o que quer dizer que por várias vezes já cruzou junto às costas da Venezuela. (https://www.oneoceanexpeditions.com/).

Na altura do incidente ocorrido durante a noite de 29 para 30 de Março de 2020, o navio vinha de Buenos Aires na direcção de Curaçau (território holandês junto à costa da Venezuela), alegadamente só com a tripulação, entrando em águas territoriais, ou rasando-as na sua trajectória, entre as ilhas de Nova Esparta e de Los Roques. (https://www.fleetmon.com/maritime-news/2020/29297/cruise-ship-sunk-venezuelan-navy-ship-and-fled-pro/?fbclid=).

A Marinha da Venezuela comprova que o comando do Naiguatá mandou parar a nave intrusa, por via duma comunicação de aviso e por via de tiros dirigidos para o mar em frente da proa do “RCGS Resolute” que não atendeu e continuou sua rota sempre com os motores a funcionar… (https://www.youtube.com/watch?v=noW2qO4Uldc).

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Cruise ship sunk Venezuelan Navy ship after being fired at and rammed. Don’t mess with RESOLUTE – https://www.fleetmon.com/maritime-news/2020/29297/cruise-ship-sunk-venezuelan-navy-ship-and-fled-pro/?fbclid=

Era intenção da Marinha Bolivariana que o “RCGS Resolute” se dirigisse à Ilha Margarita…(http://www.mindefensa.gob.ve/mindefensa/2020/03/31/comunicado-oficial-de-la-fuerza-armada-nacional-bolivariana-5/).

O “RCGS Resolute” não obedeceu à ordem, mantendo a rota não parou e, quando pr várias vezes abalroou o guarda-costas venezuelano, não socorreu a tripulação quando o Naiguatá foi dado por perdido e é nessa base que o Presidente Nicolas Maduro conclui justamente que esse foi um acto provocatório de pirataria!… (https://www.youtube.com/watch?v=zUUFhTTkmsU; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/maduro-acusa-navio-cruzeiro-portugues.html; https://www.publico.pt/2020/03/31/mundo/noticia/venezuela-barco-marinha-venezuelana-afundouse-apos-colisao-cruzeiro-portugues-1910428).

O choque foi como se um blindado tivesse atingido um carro ligeiro, ou um couraçado rebentasse um veleiro…

 

04- O assédio à costa venezuelana não sendo novo, tem merecido dispositivos variáveis e agora, (https://exame.abril.com.br/mundo/venezuela-denuncia-assedio-de-paises-oea-e-abandona-sessao/) por alturas do incidente, navios com capacidade para operações anfíbias pertencentes a países membros da NATO acorreram ao Caribe, numa manobra que faz lembrar o “Joint Caribbean Lion 2006”.

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Départ du porte-hélicoptères Dixmude vers la zone Antilles-Guyane – https://la1ere.francetvinfo.fr/depart-du-porte-helicopteres-dixmude-vers-la-zone-antilles-guyane-819320.html

As experiências do império da hegemonia unipolar foram tidas em conta e de geração em geração, são refinadas com vista a sucessivos reaproveitamentos, podendo adoptar qualquer rótulo de contingência (neste caso o combate a Covid-19), numa altura em que esses membros da NATO apoiam o “cavalo-de-troia” Juan Guaidó!… (https://www.causaoperaria.org.br/guaido-quer-apoio-do-brasil-para-impor-um-bloqueio-naval-a-venezuela-2/).

Se em 2006 os navios anfíbios foram entre outros o USS Bataan, LHD5 (https://www.youtube.com/watch?v=ms1aG2Wq7c; https://www.navy.mil/navydata/fact_display.asp?cid=4200&tid=400&ct=4; https://www.public.navy.mil/surflant/lhd5/Pages/default.aspx; https://commons.wikimedia.org/wiki/File:US_Navy_060526-N-3286A-027_Dutch_personnel_board_a_Landing_Craft_Utility(LCU)aboard_the_amphibious_assault_ship_USS_Bataan(LHD_5)to_perform_exercises_for_the_Joint_Caribbean_Lion_2006.jpg), o HNLMS Rotterdam, L800, (https://en.wikipedia.org/wiki/HNLMS_Rotterdam(L800); https://twitter.com/joedebrig/status/1001712527091396609), o HNLMS Zuiderkruis, A832, (http://www.hrmszuiderkruis.nl/) e outras unidades de desembarque menores, em 2020 fluíram para a região o RFA Argus (https://en.wikipedia.org/wiki/RFA_Argus_(A135); https://ukdefencejournal.org.uk/rfa-argus-sails-for-caribbean-to-support-the-british-overseas-territories/), o porta helicópteros anfíbio (PHA) Dixmude, que normalmente circula no Mediterrâneo e costa ocidental africana (https://fr.wikipedia.org/wiki/Dixmude_(L9015); https://la1ere.francetvinfo.fr/depart-du-porte-helicopteres-dixmude-vers-la-zone-antilles-guyane-819320.html; https://www.lepoint.fr/societe/coronavirus-trois-navires-militaires-europeens-au-secours-des-antilles-23-04-2020-2372659_23.php; https://www.lepoint.fr/societe/les-details-de-l-operation-militaire-resilience-d-emmanuel-macron-26-03-2020-2368901_23.php) e o HNLMS Karel Doorman, A833, (https://en.wikipedia.org/wiki/HNLMS_Karel_Doorman_(A833); http://lignesdedefense.blogs.ouest-france.fr/archive/2020/04/23/dixmude-argus-et-karel-doorman-trio-de-bateaux-gris-dans-les-21092.html).

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HNLMS Karel Doorman (A833) – https://en.wikipedia.org/wiki/HNLMS_Karel_Doorman_(A833)

A República Bolivariana da Venezuela tem portanto todas as razões para, em função da provocação do “Royal Canadian Geographic Society Resolute”, estar alerta para o reforço das esquadras do US South Command e da NATO, quaisquer que sejam os pretextos e as justificações para as manobras em torno do seu mar territorial sob bloqueio, tal com aliás ocorreu em 2006.

De facto a Revolução Socialista Bolivariana na Venezuela, apta para o socialismo do século XXI, ao aprofundar os nexos da democracia por via cívico-militar, tornou-se alvo das democracias representativas protagonizadas pelo império da hegemonia unipolar e seu cortejo de vassalos! (http://www.correodelorinoco.gob.ve/genesis-de-la-union-civico-militar/; http://www.correodelorinoco.gob.ve/genesis-de-la-union-civico-militar-2da-parte/).

Todos os que se assumiram em função do 25 de Abril de 1974, um marco que possibilitou a descolonização das colónias portuguesas que se tornaram independentes, sabem por experiência própria que a heroica resistência progressista, não se pode abrir a um qualquer 25 de Novembro de 1975, com ou sem Guaidós e deite tudo a perder para o povo bolivariano, para o povo sandinista da Nicarágua, para o povo revolucionário de Cuba, para os povos da América Latina, para os povos africanos e para toda a humanidade que se preze pela civilização!

 

Luanda, 25 de Abril de 2020.