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Como el dedo en la llaga colonial y neocolonial. Martinho Júnior

COM O DEDO NA CHAGA COLONIAL E NEOCOLONIAL.

As relações entre a Rússia e Angola são de natureza histórica. Não estão sujeitas à conjuntura geopolítica e remontam à luta de libertação nacional do seu povo. Estas relações são baseadas no espírito de solidariedade e apoio mútuo. Nós agradecemos. – https://www.mid.ru/ru/foreign_policy/news/1849674/.

A FEDERAÇÃO RUSSA É PELA LIBERTAÇÃO DOS POVOS, SEGUINDO NO ESPÍRITO E À LETRA O CONSIGNADO NA CARTA DA ONU.

A história comum entre Angola e a Rússia é expoente prático da necessidade de libertação contra o colonialismo, o “apartheid” e o neocolonialismo, respeitando os princípios da Carta da ONU.

Por essa razão, seguindo lógica com sentido de vida, a história comum ao situar-se nesse rumo e conteúdo, assume-se contra os processos artificiosos indexados à essência do domínio unipolar, entre eles os da “convenção ocidental” que definem “esquerda” e “direita” como indicadores sociopolíticos, quando o que prevalece de forma premente em pleno século XXI, para todo o Sul Global eminentemente Não-Alinhado, é a questão dialética entre o que é da liberdade e o que diz respeito à opressão.

Nesse sentido África só pode reconhecer ética e moralmente que a Rússia jamais fez parte do expediente histórico-antropológico colonial-escravocrata que pesou e pesa sobre o continente, quando os da hegemonia unipolar encaram África como uma ultraperiferia económica redundante das imensas injustiças acumuladas durante mais de 500 anos a esta data, muitas das quais ainda por resgatar!

No dia em que Luanda perfaz 447 anos, é confirmado que a Rússia nos relacionamentos para com Angola, sempre se colocou em solidariedade para com os ideais da liberdade que levaram à autodeterminação, à independência e a um exercício saudável de soberania fora dum ambiente neocolonial!

As motivações comuns actuais, em função de sua própria experiência e dos seus relacionamentos, faz com que a Rússia demonstre, também pela voz dos seus próprios dirigentes, quanto a Federação é frontalmente contra a hegemonia unipolar anglo-saxónica, nos termos de suas implicações escravocratas, coloniais e neocoloniais, determinantes da sua vocação neonazi fomentadora de caos, de terrorismo, de desagregação e de “apartheid”!

Para essa linha “straussiana”, neocolonial e neonazi, hoje é a questão da Ucrânia, amanhã seria a de Taiwan e depois, seria todo o Sul Global, após um cortejo de barbárie que advé, desde particularmente o início da década de 90 do século passado!

A questão da Ucrânia é a “pedra filosofal” em torno da qual se marca o que é da libertação e o que é da opressão em nossos dias:

  • A emergência multilateral sustentada na cooperação, na solidariedade e nos respeito entre as nações, os estados e os povos, é da e pela libertação;
  • A hegemonia unipolar destaca-se, ao assumir filosofias e ideologias excludentes, arrogantes e xenófobas, na sua tentativa desesperada de impor de forma neonazi as “regras” e o egoísmo de 1% sobre o resto da humanidade, pelo carácter opressivo contra todo o Sul Global.

Esse contraditório revela quanto a mudança de paradigma a favor da emergência multilateral é a favor da libertação de toda a humanidade do “diktat” do império que prevalece desde a IIª Guerra Mundial, cuja primeira imagem de marca foi o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, quando o Japão já estava derrotado!

Ao libertar a Ucrânia, a Rússia está a contribuir significativamente na libertação da Europa e dos próprios Estados Unidos, pois o papel de europeus e estado-unidenses permanece em aberto no campo da multilateralidade sem mais a mentalidade neocolonial e neonazi e livre do peso de corporações armamentistas que determinam o carácter do poder da hegemonia unipolar que instrumentaliza mais de 800 bases “ultramarinas” do Pentágono mundo fora.!

A linha de rumo nos relacionamentos de Angola com a Rússia, tem toda a legitimidade para prevalecer acima dos contenciosos com o “ocidente” desmascarado nas suas ingerências e manipulações coloniais e neocoloniais “sem fim”!

Angola deve fazer a sua parte honrando o passado e a nossa história!

Condenar a “russofobia” como um “apartheid” que dá sequência a outros “apartheids” (o do regime sul-africano derrotado na África Austral e o do sionismo por derrotar em relação à Palestina), está implícito nesse relacionamento bilateral e é por isso, nessa esteira saudável, que medram as espectativas do reforço não só das relações entre ambos os estados, mas também os que marcam a legitimidade de África na adopção da mudança de paradigma!

Em Angola não há espaço para manobras “contra natura”, há que recordá-lo ao Presidente João Lourenço!

 

Círculo 4F, Martinho Júnior, 25 de Janeiro de 2023.

CÍRCULO 4F.


Imagem – . Chefe de Estado recebe ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia – https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/chefe-de-estado-recebe-ministro-dos-negocios-estrangeiros-da-russia/.

 

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