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El ejemplo de Yugoslavia destrozada. Martinho Júnior

O EXEMPLO DA JUGOSLÁVCIA ESTILHAÇADA.

O HEGEMON PRETENDE ESTILHAÇAR A FEDERAÇÃO RUSSA TAL COMO ESTILHAÇOU A JUGOSLÁVIA, COM O FITO DE ESTILHAÇAR A CHINA TAMBÉM.

UM APONTAMENTO ACTUAL.

Os “straussianos” têm um programa a cumprir enquanto fulcro decisório ao serviço do domínio unipolar do hegemon anglo-saxónico: uma receita colonial para o resto do mundo, incluindo a Europa, dividindo, dividindo e dividindo, para melhor reinar.

Nesse sentido etnias, ou religiões, são argumentos que estão mesmo à mão, providenciados desde o feudalismo na Europa, conformes às conveniências.

O caso do estilhaçar da República Federativa da Jugoslávia, Socialista e Não-Alinhada, em 7 “balcanizados” pedaços é nesse sentido apenas um ponto de partida que permite uma antevisão do que os que atiçam a “doutrina Biden” pretendem levar a cabo em relação à Rússia, à China e a todo o Sul Global por arrasto, com uma Europa ocupada, colonizada e instrumentalizada, integrando um projecto dessa natureza como se fosse um “zombi”, (“f…k Europe” segundo Victoria Nuland, a actual Secretária de Estado Adjunta para os Assuntos Políticos).

A implicação da NATO no estilhaçar da Jugoslávia, “balcanizando”, marcou indelevelmente o seu alargamento a leste e revelou ao que ia com sua expansão programada, algo que a Federação Russa foi interpretando em tempo oportuno, decidindo-se finalmente pela longa via da libertação em geometria e intensidade variável, em “efeito boomerang”, apontada à Ucrânia, à Europa, à perversa Albion e aos próprios Estados Unidos cada vez mais corroídos nas suas contradições internas.

A União Europeia está agora preocupada em recolher os cacos da Jugoslávia, visando integrar 3 deles a curto prazo, a Croácia, a Bósnia e a Sérvia, pois vai ser necessário mais “carne para canhão” em função dos programados empenhos da NATO apêndice do Pentágono na plataforma-ariete que constitui a Ucrânia, subjugada desde o golpe de estado do Euro Maidan em 2014.

O caos “straussiano” tem seus programas que são práticas de conspiração continuadas, apontadas à subjugação colonial global e decifrá-los a quente é a primeira prova de resistência do Sul Global emergente, solidário e multilateral!

Desde o início da década de 90 do século passado, o Afeganistão, a Jugoslávia, o Iraque, a Síria, ou a Líbia e por aí afora, sob o espectro do caos, do terrorismo, da desagregação e da “balcanização”, amanhã a Federação Russa, a República Popular da China, ou outro qualquer lugar do Sul Global…

Em África, cortada a retalho pelas velhas potências coloniais e por Sua Majestade Britânica, “do Cabo ao Cairo”, tornou-se tudo mais fácil graças à Conferência de Berlim, onde nem um africano havia sequer para limpar o pó da sala!…

São assim as “democracias representativas ocidentais”, presentes envenenados desde suas raízes étno-nacionalistas, instrumentalizados a retalho pelo hegemon gerido pelos “straussianos” de turno!

Juntam os cacos quando são precisos os mercenários da “carne para canhão”!

A Luta Continua!

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In “A JUGOSLÁVIA NA UNIÃO EUROPEIA” – Parte 2 – Curiosamente, esse sentimento nacional que causou a dissolução da Iugoslávia e gerou traumas, pessoais e políticas, que perduram, é também a origem da união desses povos. Resumidamente, no século 19, intelectuais e políticos croatas, no chamado Movimento da Ilíria (região da atual Croácia), defendiam uma adaptação do pan-eslavismo russo. Um pan-eslavismo do sul, daí o nome do país, “jugo”, sul, “slavia”, terra dos eslavos. Esse conceito teria duas principais finalidades. A primeira, livrar as diversas nacionalidades e grupos étnicos de domínios estrangeiros, como os impérios Austro-Húngaro e Otomano. A segunda, de manter essa independência pela união de países que, sozinhos, seriam fracos perante outras potências estrangeiras. Com o crescente nacionalismo do século 19, e o desmanche do “homem doente da Europa”, como era conhecido o império turco no início do século 20, e a derrota do Império Austro-Húngaro na Primeira Guerra Mundial, o projeto tornou-se possível e, em primeiro de Dezembro de 1918, foi criado o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, conhecido coloquialmente como Iugoslávia. Em 1929, a troca de nomes ocorreria oficialmente. – https://xadrezverbal.com/2013/07/02/a-iugoslavia-na-uniao-europeia-parte-2/

 

Círculo 4F, Martinho Júnior, 5 de Dezembro de 2022.

CÍRCULO 4F.

 


Imagem: In “A JUGOSLÁVIA NA UNIÃO EUROPEIA” – Parte 2 – A Iugoslávia existiu de 1918 à 1943 como uma monarquia, e de 1943 à 1992 (oficialmente), como uma república federativa socialista. Compreendia nove grupos étnicos majoritários, além de outras dezessete minorias, divididas em seis unidades federativas, com três idiomas oficiais. Religiosamente, três grandes comunidades estavam representadas na Iugoslávia: cristãos ortodoxos, principalmente na Sérvia; católicos, principalmente na Croácia; e muçulmanos, principalmente na Bósnia. Além desses, havia grupos de ciganos, judeus e cristãos protestantes. Uma miríade étnica, nacional e religiosa. Isso explica a complexidade da situação geopolítica atual, e as dificuldades a serem enfrentadas para a entrada de todas as ex-repúblicas iugoslavas na União Europeia – https://xadrezverbal.com/2013/07/02/a-iugoslavia-na-uniao-europeia-parte-2/

 

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