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La lucha de liberación prosigue en el Donbás. Martinho Júnior

A LUTA DE LIBERTAÇÃO PROSSEGUE NO DONBASS.

AO 5º MÊS O TERRITÓRIO DA REPÚBLICA POPULAR DE LUGANSK ESTÁ LIBERTADO.

O TERRITÓRIO DA REPÚBLICA POPULAR DE DONETSK AINDA EM MÃOS DOS UKRONAZIS VAI SER PALCO DA CONTINUAÇÃO DOS MAIORES COMBATES ATÉ AO FINAL DO ANO, OU PARA ALÉM DE 2022.

A LUTA DE LIBERTAÇÃO NA UCRÂNIA VAI-SE ESTENDER DO DONBASS A OUTRAS REGIÕES.

A UCRÂNIA VAI DEIXAR DE SER UM BORDEL DOS UKRONAZIS E DA NATO!

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01- Nos primeiros 5 meses de luta de libertação do Donbass, as forças libertadoras coligadas, além de assumirem o controlo consolidado do Mar de Azov, conseguiram libertar todo o território da República Popular de Lugansk que ainda se encontrava em poder dos ukronazis e garantiram na profundidade um anel de segurança ao redor da península da Crimeia (oblasts de Kherson e uma parte de Zaporizhzya), em ligação com o Donbass.

Nas áreas rurais muitos combates ocorreram em florestas, junto ao rio Donetzk e em pequenas localidades, onde quer que tivessem havido trincheiras e baluartes das aglomerações militares ukronazis.

As fortalezas de Severodonetsk, Lisichansk e Gorlovka foram caindo por via de acções de isolamento, paulatino cerco e tomada final, partindo do campo para a cidade e começando por dominar as vias de acesso de forma a impedir a logística das guarnições que acabaram por ser neutralizadas com pesadas perdas, por insustentabilidade de suas posições.

Quer em Severodonetsk, quer em Gorlovka ocorreram algumas das principais batalhas depois de Mariupol.

A cidade de Lisichansk, que tem um habitat disperso polvilhado de fábricas, foi tomada em parcelas isolando uma a uma as áreas dessas fábricas…

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02- Com o território da República Popular de Lugansk totalmente libertado a bolsa ukronazi no leste (cerca de 40% do território tomado à República Popular de Donetsk) tem fortalezas que foram sendo edificadas desde 2014 (no seguimento do golpe de estado Euro Maidan), com guarnições importantes em Silvers’k, Slaviansk, Kramatorsk, Adviivka, Bakmut (Artemorvsk) e Soledar, com um total de aproximadamente 70.000 efectivos que estão a ser reforçados com novas unidades e meios recebidos dos seus apoios dos Estados Unidos e países componentes da NATO, que escaparam à destruição dos ataques de mísseis nas rotas de aproximação às frentes.

O princípio conceptual tático da libertação dessas áreas de grande importância agrícola e industrial, mantém-se o mesmo, mas as forças coligadas de libertação vão ser reforçadas tendo em conta as armas de maior alcance e precisão que os ukronazis receberam (uma parte delas manobradas por mercenários a coberto de contratos com “Private Military Companies” cujos efectivos têm experiência combativa em várias regiões do Médio Oriente Alargado, inclusive no Afeganistão).

As indústrias mais importantes estão em Kramatorsk e Slaviansk, mas a sul do curso do rio Donetsk há colinas dominantes que vão obrigar a algumas adaptações de ordem tática em relação ao desdobramento das acções ofensivas das forças coligadas que compõem o movimento de libertação por causa desses pontos dominantes e das armas de maior alcance fornecidas aos ukronazis.

Alguns pronunciamentos de Zelenski mais recentes vão no sentido duma contraofensiva ukronazi, mas essa iniciativa está condenada à partida, conforme a amarga experiência que têm tido na linha de contacto entre Nikolaiv e Kherson, a noroeste da Crimeia.

Quer em Nikolaiv, quer em Odessa, os mísseis das forças de libertação têm incidido sobre concentrações de efectivos, postos de comando, fortalezas militares, pistas para drones, armazéns de material recém recebido, pontes de trajectos que partem da Roménia…

Uma contra ofensiva nessas condições é impraticável por que os movimentos são ainda mais detectáveis e os mísseis actuam ainda com mais efectividade.

Neste momento é a guarnição ukronazi em Silvers’k, situada no mesmo paralelo entre Lisichansk e Slaviansk, que está sob maior assédio, com as operações de cerco e limpeza em curso e alguns combates já no casco urbano.

Na direcção de Bakmut há avanços importantes tendo sido neutralizado o baluarte de Pokrovsky…

Nas áreas já libertadas há um conjunto de acções em curso, umas de natureza militar, outras de inteligência, outras económicas.

Estão em curso desminagens e instalação de melhores defesas contra meios de artilharia de longo alcance fornecidos aos ukronazis, assim como estão-se a fazer filtragens para detectar infiltrações…

A reconstrução das cidades atingidas já começou e o reassentamento de populações está a produzir um fluxo proveniente de dentro da própria Ucrânia na direcção de Mariupol, Donetsk e Lisichansk- Severodonetisk, à medida do afastamento das frentes dessas localidades para oeste.

O quadro da libertação obriga à imediata retoma das actividades humanas e a República Popular de Lugansk anunciou recentemente que a produção de grãos para este ano atingiu, mesmo com as confrontações a desenrolarem-se, 300.000 toneladas.

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03- Tendo em conta o histórico da ausência de diálogo, da progressão da NATO para leste com a recusa de se relançar a segurança comum com a Federação Russa, tendo em conta as sanções, a russofobia e a tendência para o “apartheid global” por via duma doentia mentalidade colonial e neocolonial, tendo em conta a persistência ideológica do nazismo na Ucrânia e em muitas outras regiões da Europa, há todas as razões para a luta de libertação na Ucrânia (onde ela se está a fazer por via armada) e na própria União Europeia (onde os movimentos sociais se começam a fazer sentir), progredir.

A mudança de paradigma restabelecendo o respeito que merece a Carta das Nações Unidas ao invés das regras impostas pela hegemonia unipolar tentacular, é o domínio duma multilateralidade emergente que começa a fazer os negócios internacionais nas moedas dos seus estados, cujo padrão em ouro corresponde às sus capacidades produtivas e em nada com a especulação.

A indexação do papel-moeda dólar aos produtos energéticos vai-se esvaziando e quer o euro, quer a libra esterlina se começam a ressentir, chegando-se a níveis de inflacção nunca antes sentidas no “ocidente” neocolonial, cada vez mais renitente no seu isolacionismo galopante!

Para a União Europeia a solução sendo multilateral, é necessário sair da armadilha que sobre si própria criou e isso vai abrir o protagonismo das sensibilidades sociopolíticas dos povos que estão já a ser alvo da alienação “natificada” de suas oligarquias, as oligarquias que dominam as “democracias” auto consideradas de “representativas” e por isso inibem, ou limitam a participação popular e o protagonismo das organizações sociais, agora em começo de ebulição.

O protagonismo dos povos europeus perante o actual dilema da armadilha criada pelas próprias oligarquias, é a transposição da luta de libertação da Ucrânia para dentro do “ocidente”, obrigando à mudança de paradigma por insustentabilidade dos termos da hegemonia unipolar!

Os “valores ocidentais” subjacentes à aristocracia financeira mundial e às oligarquias europeias, não são valores sustentados pelo trabalho e pela produção, antes uma bolha subversiva dos valores da própria multilateralidade, pelo que os povos europeus têm a oportunidade de se resgatar dessa subversão “democrática” dita “representativa”!

Se a Ucrânia vai ser salva do “bordel ocidental”, arma alguma pode fazer parar o movimento de libertação dos próprios povos europeus, pondo fim aos parâmetros das asfixiantes regras da hegemonia unipolar!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 25 de Julho de 2022.

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Imagens – Eventos na Ucrânia às 21:00 de 22 de julho: um acordo sobre a exportação de grãos ucranianos, a elaboração de pensionistas afegãos nas Forças Armadas da Ucrânia – https://slovodel.com/23551206-sobitiya_na_ukraine_k_21_00_22_iyulya_dogovor_o_vivoze_ukrainskogo_zerna_priziv_pensionerov_afgantsev_v_vsu

Alguns links sobre o diário das operações e suas envolventes internacionais:

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