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Una revolución en estado de pureza. Martinho Júnior

UMA REVOLUÇÃO EM ESTADO DE PUREZA.

«Nosotros no estamos batallando realmente contra los viejos partidos carcomidos, moribundos del Pacto de Punto Fijo, no, ustedes lo saben, pero es necesario que yo se los recuerde hoy (…) Nosotros estamos enfrentando (…) realmente al imperio más poderoso, al imperio más inmoral, al imperio más cínico, al imperio más asesino que ha existido en toda la historia de este planeta, de nuestro planeta, en toda nuestra historia, el imperio de los Estados Unidos de norteamérica” –  https://odysee.com/@SputnikMundo:1/Ch%C3%A1vez:1?src=embed

 

VIVÊNCIA INTEMPORAL.

Dez anos depois do desaparecimento físico do Comandante Hugo Chávez Frias, a Venezuela Bolivariana está aí, com sua cultura amadurecida por mais de 200 anos de história, alimentada por alicerces telúricos que sacodem toda a extensão vertical dos Andes, como uma pátria onde reside a dignidade, a coerência, o trabalho produtivo com a expressão colectiva nas comunas, a vontade de integração sem perda de identidade anti-imperialista e as mais legítimas aspirações de liberdade, de igualdade, de fraternidade, de justiça social, da mais rasgada democracia e de paz!

Conjuntamente com as Revoluções Cubana e Sandinista, a Revolução Bolivariana revigora-se intensamente em função das reflexões revolucionárias que se vão transformando nas bases produtivas do povo venezuelano, numa já longa capacidade de resistência, profundamente tocada desde o início do século XXI pelas gestas heroicas filtradas de inteligência, de vontade, de organização, de fértil disciplina e de produção cada vez mais alargada, numa ampla aliança cívico-militar!

Para a Revolução assim houvera e assim há que ser!

Um só povo, uma só nação, sim, mas simultaneamente um povo trabalhador que diversifica a economia, que gere capacidades comunais sustentáveis e solidário por que entende desde sua raiz o seu espaço vital até ao coração do Caribe e da América do Sul.

Uma revolução não se pode deixar cristalizar e a luta inteligente obriga-se à criatividade multiplicando as actividades produtivas disseminando os colectivos comunitários e essa é a razão de ser fulcral, eminentemente socialista, que tem determinado o poder sob a égide temperada do Presidente Nicolas Maduro, que em 23 anos de poder revolucionário, enfrentou além do mais 10 anos de sucessivas tentativas de assalto dos inimigos da revolução, tentacularmente acicatados pelo império que continua a tratar a América Latina e o Caribe como seu pátio traseiro!

Foram muitas as sementes frutuosas e entre os gigantes emergem as sínteses vitais de Simon Bolivar e do Comandante Hugo Chávez, como indeléveis marcos num caminho substantivo que é outro farol para toda a humanidade e como tal, fonte inspiradora nesta esperançosa mudança de paradigma que iniciou seu curso universal!

Chávez vive, a sua voz ecoa sem fronteiras pela América, em outros continentes, por todos os povos do imenso Sul Global sofrido e vilipendiado, esclarecendo pedagogicamente, empolgando as mais legítimas emoções, mobilizando a humanidade e a sua intemporalidade nutre a própria afirmação da multilateralidade e da integração!

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Estas son las seis líneas de trabajo para 2023, difundidas por el Presidente Maduro en su Mensaje Anual – https://albaciudad.org/2023/01/maduro-seis-lineas-para-2023-memoria-y-cuenta-mensaje-anual/

 

PRESIDENTE NICOLAS MADURO – A LEALDADE ESCLARECIDA DUM INCANSÁVEL TRABALHADOR QUE PERDURA A GESTA BOLIVARIANA DO COMANDANTE HUGO CHAVEZ!

A resistência seria frágil, seria sem dúvida em vão, se não houvesse, na sustentabilidade da ampla aliança cívico-militar Bolivariana, a substância não só da resistência colectiva anti-imperialista, mas sobretudo do trabalho voltado para a diversificação económica socialista e socializante, numa base de comuna produtiva que aspira a largas projecções e horizontes!

A dependência do petróleo está a ser paulatinamente superada num esforço colectivo exigente e num exercício patriótico imprescindivelmente mobilizador!

Conjugam-se as filosofias, as ideologias e as vontades, com tudo o que se está a realizar nos espectros económicos, financeiros e sociais, dando corpo ético e moral a toda a sociedade, trabalhadora, una e indivisível!

É empolgante esse esforço e é legítima a alegria dos implicados que se batem pelas mais justas causas colectivas e por isso estão a detectar a peso morto da burocracia e as tentativas subterrâneas de corrupção, por muito insipientes que elas possam ser (há que as neutralizar à nascença, por que esse cancro social potencial é para prevenir, não é para operar in extremis)!

Todo o processo está a tornar-se animado de lógica com sentido de vida e a prestação de contas do Presidente Nicolas Maduro, conforme sua intervenção a 12 de Janeiro na Assembleia Nacional, é nisso prova reveladora de transparência e ao mesmo tempo de clarividência pedagógica, de dignidade e de coerência histórica, explícita na própria “Memória e Prestação de Contas” neste ano de 2023!

É oportuna, pois a vigência do Presidente Nicolas Maduro à frente da Revolução Bolivariana perfaz 10 anos, 10 anos em que sempre se fez escrutínio ao seu exercício, algo que foi aproveitado para tentar fazer no seguimento da morte prematura do Comandante Hugo Chávez, prevalecer a subversão arruaceira, por vezes caótica e terrorista, tendo figuras como Guaidó como instrumental referência do próprio império e sua pirataria abjecta forjada no saque das riquezas e das finanças da Venezuela!

Nem por isso o povo Bolivariano da Venezuela deixou de estar à prova em 2023, ainda que o produto tóxico que dá pelo nome de Guaidó esteja esvaído e esbatido no espaço e no tempo!

O Presidente Maduro brindou o povo Bolivariano duma síntese memorial dos 23 anos da sua Revolução, reavaliando os seus quatro compassos cronológicos que estão na base do balanço que cobre por fim os dois últimos anos; é daí que emana a ordem de luta colectiva sustentável para 2023 (“as seis linhas de trabalho para 2023”)!

As quatro etapas são:

  • A primeira, o húmus da revolução, foi «El tiempo de las rebeliones o del despertar histórico» com marcos em 1989-1992-1999;
  • A segunda, entre 199 e 2013 (cobrindo a última década de vida do Comandante Hugo Chávez), foi a da «refundación creadora» de inspiração profundamente Bolivariana, criando as bases do novo estado socialista, resistente e proficuamente patriótico;
  • A terceira, de 5 de Março de 2013, (data do desaparecimento físico do Comandante da Revolução Bolivariana), a 24 de Junho de 2021, os primeiros anos em que a gestão do Presidente Nicolas Maduro foi posta duramente à prova pelo imperialismo e seu cortejo de mercenários, afirmando-se a vontade popular para a continuação da luta;
  • A quarta, que é a vigente, iniciou-se a 24 de Junho de 2021, quando se comemoraram os 200 anos da decisiva batalha de Carabobo, procurando unir todos os esforços para impactar a vida colectiva dos venezuelanos e simultaneamente vencer os efeitos do criminoso bloqueio e das abjectas sanções contra a Venezuela.

No seguimento, o Presidente Nicolas Maduro balanceou os esforços colectivos, as suas fragilidades e os seus logros, apresentando quadros ilustrativos que sintetizam o que se conseguiu fazer.

Por fim, o Presidente Maduro orientou o que fazer durante este ano e até princípio de 2024, quando voltar para nova prestação perante a Assembleia Nacional: «Nuestro pueblo se merece una Venezuela mejor, y la vamos a construir! Vienen tiempos de renacimiento, de un pueblo unido, esforzado, que merece la victoria»!

 

TESTEMUNHO DE HÁ CINCO ANOS!

A 5 de março de 2018, a convite do estado Bolivariano, tive a honra de me deslocar numa longa e atribulada viagem, à Venezuela Bolivariana, juntando-me a todos os que, das mais distintas partes do mundo acorreram para prestar homenagem à memória do Comandante Hugo Chávez e testemunharem os logros da Revolução numa época tão crítica como então a Venezuela vivia!

A Revolução Bolivariana tinha abrangência total – era o homem total que respondia ao bloqueio, às sanções, às ingerências, às manipulações, às práticas de conspiração localizadas (estimuladas pela Guerra Psicológica contra o Sul Global) e à devassa do imperialismo enquanto pirata e terrorista em pleno século XXI, “terreno adentro” e em todo o tipo de transversalidades sociais, onde chegasse a instrumentalizada mão da oligarquia mercenária de então!

Senti-me em casa, respirando o mesmo oxigénio experimentado em minha juventude, quando combatente de armas na mão, entre o troar das armas, foi proclamada a República Popular de Angola!

Fazia-se sentir em Caracas e em toda a linha, nas deslocações que fizemos assim como nas cerimónias em que participámos com emoção, a ágil capacidade da aliança cívico-militar Bolivariana, que nos fazia lembrar a luta popular generalizada que Angola Popular um dia ergueu como uma inexpugnável trincheira contra o “apartheid” e seus esbirros, sob o olhar silencioso de Agostinho Neto!

“Angola, trincheira firme da revolução em África”, lembram-se?

Muitas dessas lições em Caracas foram expostas, explorando esse momento que na memória de encontros transatlânticos é sempre revitalizador!

“Na praça de La Guaira, do alto dos seus pedestais, olhos imortais virados a sul questionam gerações e gerações que se lhes seguem, perscrutando quanto seremos merecedores de seus legados sincrónicos, das pedras filosofais lançadas como sementes de civilização por seu génio na América, com os espelhos possíveis em pleno século XXI.

Assim é, por que sorver dessa existência no espaço e no tempo, é de facto um imperativo para agora e para o porvir!

Os olhares de Bolivar e de Chavez, esbatidos pelo horizonte do Caribe, cruzam-se vocacionados para a Pátria Grande e mergulham abruptos, no âmago dos ciclópicos Andes, escorrendo vertigens, sem fronteiras, pela sua coluna vertebral até à longínqua Patagónia austral.

Quantos deverão responder a esses olhos cintilantes de história, de emoções precoces e tão legitimamente inquiridores?

Haverá algo que os possa vencer ou subjugar, a esses olhos telegráficos, ávidos de futuro?

Que inquietações eles fecundam, quando tantas justas interrogações se suspendem no ar?

Seguindo a trilha mobilizadora da trajectória desse olhar, apreendemos onde está o que é da civilização e o que à barbárie pertence, avaliaremos quão decisiva será a integração face a quem tudo tem feito para dividir, balancearemos o que é do progresso e do respeito para com o homem e a Mãe Terra e o que de há séculos está inerente à degradação do homem e do planeta, entre o ser lógico e com sentido de vida e o poder do ter pujante da tantos lucros artificiosos e especulativos, em cada vez menos mãos, quando tudo se torna tão volátil e ameaçadoramente finito, à beira do abismo.

Os olhos de cada um que é chamado à alma transparente e lúcida da praça de La Guaira, são iluminados dessoutra luz perene entre as trevas, luz telepática, mas sensível, carregada de decisões de justiça e de paz, que se distende imparável e disponível por toda a América, por todo o mundo, num plasma vívido de solidariedade, de dignidade e de profundas convicções próprias do amor.

Para todos os efeitos, pela paz, pela civilização, pela lógica com sentido de vida, na praça de La Guaira, entre dois dos maiores da Venezuela, assume-se resolutamente um oxigénio sem equívocos, por que Pátria Grande, sendo-o, é por si, para aqueles que a entendem e a cultivam, prova de humanidade!”

Assim é neste momento de fecunda libertação em prol da mudança de paradigma, onde quer que estejamos neste Sul Global!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 3 de Março de 2023.

CÍRCULO 4F.


Imagem: Venezuela conmemora 2 años del cierre de campaña de Hugo Chávez – https://www.telesurtv.net/news/Dos-anos-del-memorable-discurso-de-Chavez-el-4-O-20141004-0020.html

 

Algumas memórias e consultas:

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