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Asia, el supercontinente del cambio de paradigma. Martinho Júnior

ÁSIA, O SUPERCONTINENTE DA MUDANÇA DE PARADIGMA.

Yo del inglés conozco poca cosa, Pues solamente hablo en español, Pero entiendo a los pueblos cuando dicen ¡Yankee go home!

El inglés que yo tengo es muy escaso, Es un inglés de mister y hello, Pero entiendo a los pueblos cuando exigen ¡Yankee go home!

Lo dicen en Manila y en Corea En Panamá, en Turquía y en Japón, El clamor es el mismo en todas partes ¡Yankee go home!

Con este inglés me basta, aunque precario, Para gritar con fuerza y con razón, Y con criterio revolucionario ¡Yankee go home!

Me basta con mi voz nacionalista, Para exigir con firme decisión, Y con razones antimperialistas ¡Yankee go home!

Carlos Puebla – https://www.youtube.com/watch?v=2zigNZxbxSw

 

ESTE É O MOMENTO DE REVERMOS TODOS OS CONCEITOS, NO SENTIDO DA LIBERTAÇÃO DA HUMANIDADE.

Em pleno século XXI, a mudança de paradigma obriga-nos à reflexão em grandes amplitudes no espaço e no tempo e o simples facto de considerar a Europa como um continente não tem mais justificação senão a tão bárbara quão arreigada ideologia do “eurocentrismo”, um resíduo do passado feudal cultivado pelo “hegemon” no presente, que deixa de ter razão de existir, desde logo como designação geográfica: o todo chama-se Ásia, (do Norte, do Sul, do Oriente e do Ocidente), definitivamente Ásia.

Ásia, a norte banhada pelo Oceano (ainda) Glaciar Ártico, a leste pelo Oceano Pacífico, a sul pelo Oceano Índico e a oeste pelo Atlântico, todos eles com seus mares, reentrâncias e desembocaduras de rios soberbos, em alguns casos onde se situam as aglomerações humanas mais extensas e densamente povoadas do mundo!

É nos continentes onde se encontra a esmagadora maioria da população mundial, que se concentra particularmente nas suas costas amenas e a Ásia é de longe o mais povoado de todos e também o maior deles.

Isso não despreza as ilhas, mas leva-as em consideração como antropológica e historicamente gravitacionais dos continentes e afins ao grosso das actividades produtivas, dos expedientes de economia, comércio e finanças e das rotas de comunicação.

Um das razões destas considerações é a intercomunicabilidade cultural, no mais amplo sentido antropológico do termo e, com isso, o conhecimento e a sabedoria que acima de tudo emana a Rota da Seda, a “velha” e a “nova”, que “trespassaram” e “trespassam” a Ásia de-lés-a-lés!

A Rota da Seda torna-se, na grande Ásia, um símbolo civilizacional incontornável para os dois extremos:

Para o Oriente, a consolidação de civilizações milenares capazes de comércio com largo espectro do Pacífico ao Atlântico (de 130 anos antes de Cristo, até 1453);

Para o Ocidente, um similar na direcção inversa (e recíproca) que tanto tem a ver com a época do “renascimento” quando houve a “velha” Rota da Seda!

As Rotas da Seda só puderam e só podem ser com a intercomunicabilidade, com o intercâmbio, com os negócios, com a cooperação, com o respeito recíproco entre culturas e povos, com a solidariedade, com a busca incessante de consensos a partir do momento em que nos descobrimos uns aos outros, com a construção de economias e de finanças que se articulavam e começam a articular com sustentabilidade assente no que é real e jamais no que é virtual ou especulativo, com segurança vital recíproca garantida para todos!…

Ética e moralmente, tanto quanto na prática fora de qualquer conspiração, é o que deve ser e vai prevalecer!

Se um dia uma pequena ilha como Cuba Revolucionária, socorreu como uma heroica vanguarda África, apoiando os movimentos de libertação que travaram lutas armadas legítimas para acabar com o colonialismo, o “apartheid” e suas sequelas, hoje desmilitarizar e desnazificar torna-se legítimo para a mudança de paradigma: a emergência multipolar e multilateral só pode acontecer acabando com o domínio hegemónico unipolar!

A Ásia Ocidental só se moverá no sentido da libertação, saindo do campo da barbárie e da opressão, se conseguir assumir o seu papel revitalizando a sua própria energia inspirando-se na época da “renascença”, o que obriga a enterrar os conceitos de escravatura, de colonialismo, de “apartheid” e de neocolonialismo, sem remissão!

Tudo o mais são artifícios bárbaros que têm até ao momento sido telúricos contra a lógica com sentido de vida, a base filosófica substantiva em benefício de todas as culturas, nações, estados e povos nesse pequeno planeta azul que é a nossa “casa comum”, a Mãe Terra!

Se a “velha” Rota da Seda pôs de lado as armas, a “nova”, uma redescoberta possível com a multipolaridade e a multilateralidade emergente no século XXI, só pode pôr de lado as armas o mais rapidamente possível para se poder erguer com cooperação, solidariedade e paz; antes disso há que extirpar uma vez mais nazismo e fascismo a fim de florir toda a humanidade e não só o Sul Global!

As armas por si são um atentado à civilização humana e um factor terrível para potenciar desequilíbrios de toda a espécie e hoje, como há armas nucleares, a sua impraticabilidade, porque coloca em risco a vida tal qual a conhecemos, obriga ao fim de sua produção, armazenamento e utilização.

Só aqueles que as usam para fins legítimos as poderão usar temporariamente, porque depois será a segurança vital e os expedientes inteligentes que as vão substituir!

Como os recursos se tornaram cada vez mais escassos, o fundamental dos quesitos inteligentes promotores de segurança, assentam nos próprios termos e capacidades de sustentabilidade, tornando-se segurança vital, indexada à água, a oceânica e a existente no interior dos continentes.

Se o próprio corpo humano é formado com 65% de água, não há mais que hesitar em relação a todas as formas da água na natureza do planeta azul!

Nesta encruzilhada, todos estão convidados para a opção saudável, possível também para todos e os povos da Ásia Ocidental…

Os povos da Ásia Ocidental devem procurar resgatar-se a si próprios em consonância com a “nova” Rota da Seda que até eles se estende, reeditando a “nova” opção de civilização e de paz!

Nenhum media bárbaro tem mais poder para contrariar com base na mentira, em campanhas irracionais e especulando sobre o ser e a vida… os povos já o começam a percebê-lo!

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Períodos da Renascença – Chamamos de Trecento (os anos trezentos) a fase do século XIV, Quattrocento (os anos quatrocentos) a do século XV e Cinquecento (anos quinhentos), o período mais criativo, que foi de 1500 a 1550.  https://renascentistas.webnode.page/fases-do-renascimento/

 

DOS TEMPOS E SIGNIFICADO DA OPRESSÃO.

Nestes anos que marcam o início da mudança de paradigma, tudo se tornou uma vez mais disjuntivo, dialético: paulatinamente, vamo-nos apercebendo de quais as opções que são tomadas respeitando lógica com sentido de vida e de quais são as opções da barbaridade que impõem a opressão, a repressão, os conflitos, as tensões, as guerras, os desequilíbrios injustos, a confusão generalizada e sem fim que se torna um crime contra a humanidade.

Os bárbaros são os únicos fomentadores de todas as práticas de conspiração e subversão, inclusive as de “soft power” como a sua “presstituta”!

Os Estados Unidos assumem-se como a mais bárbara das opções: na sua origem está uma expansão colonial erguida sobre o genocídio dos povos autóctones da América, assim como promovendo a escravatura de africanos e o trabalho forçado dos chineses que está na base da gestação da acumulação da riqueza que, levando à alteração profunda dos modos de produção, conduziu à substituição do músculo pela máquina, conforme ao surgimento da primeira Revolução Industrial indexada aos interesses das poderosas casas bancárias da aristocracia financeira mundial “transatlântica”!

Desde essa expansão que as ideias exclusivistas, egoístas, arrogantes e bárbaras acompanharam de forma persistente e teimosa, até à exaustão, a acumulação de riqueza e de poder, a ponto de tornar parte dessa riqueza em um pântano virtual (em função da extensão das novas tecnologias e meios de comunicação), em especulativa vocação (pondo de parte o valor com base na produção real) e em continuado crime contra a humanidade (IIIª Guerra Mundial em curso desde a explosão das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945, muito embora o Japão imperial já estivesse derrotado)!

Nada pode ser mais bárbaro porque esse é o caminho do abismo da humanidade e dum desrespeito de tal ordem para com a Mãe Terra que atenta contra a vida tal qual hoje a conhecemos, com um cortejo apocalíptico de acontecimentos (desde o fim das espécies, a tempestades colossais, a terramotos e “tsunamis” de que há pouca memória).

Os Estados Unidos ocupam militarmente continentes e ilhas e na Ásia Ocidental tal como na Ásia Oriental, desde a IIª Guerra Mundial que possuem forças militares que não arredam pé, num autêntico atentado a qualquer laivo de autodeterminação, independência, soberania e democracia!

Os dirigentes actuais no zombi-híbrido EU/NATO, tal como os japoneses e coreanos do sul, de artifício em artifício, são apêndices fantoches!

Como se isso não bastasse, atiçam essa criminosa Organização do Tratado do Atlântico Norte por um lado como um instrumento que implica vassalagem no absoluto dos membros da Ásia do Oeste, por outro que cria alvos artificiosos que exprimem exclusivamente a vontade do seu poder hegemónico, unipolar, bárbaro, colonial, feudal e continuadamente criminoso!

No início da década de 90 os Estados Unidos optaram: ao invés de partirem para a multipolaridade, multilateralidade e aplicação no espírito e à letra da Carta da ONU, desencadearam a disseminação do caos, do terrorismo, da desagregação e de novos conflitos, tensões e guerras!

Tiveram a oportunidade, desperdiçaram-na e só podem culpar-se a si mesmos nos termos dessa irracionalidade humana e irresponsabilidade histórica!

Nenhuma nação, estado, ou povo do Sul Global (que neste momento já inclui a Ásia Ocidental), é responsável por essa terrível opção, ao nível dos bárbaros Estados Unidos!

A Ásia Ocidental só um dia foi “renascentista” quando participou na “velha” Rota da Seda (no seu período final) e tanto se sabia disso quanto, quando o poder otomano interrompeu fisicamente o intercâmbio leste-oeste, os do Ocidente Asiático procuraram os do Oriente pela via dos oceanos e dos mares!…

Com uma Operação Especial que agora perfaz um ano de implicação directa na Ucrânia, a Federação Russa que se estende desde a Ásia Oriental, à Ásia do Norte e à Ásia Ocidental, assume outra vez mais uma Grande Guerra Pátria, desta feita animada duma energia de libertação que se torna cada vez mais possível e exequível no supercontinente Asiático.

A Federação assume-se como um ariete de libertação do universo multipolar e multilateral que está a nascer e a emergir!

Na escolha entre a opção civilizacional e a bárbara, os povos a resgatar na imensidão da Ásia, sobretudo os que estão instrumentalizados pelo zombi-híbrido EU/NATO, têm tudo a perder ao persistirem como “europeus” de tão triste memória, ao invés de asiáticos ocidentais que só desse modo podem de novo vocacionar-se para um novo “renascimento”!

A “Europa” enquanto entidade fantoche do “hegemon” está a acabar… Benvinda Ásia Ocidental!

Toda a humanidade está nessa espectativa, porque os Estados Unidos vão ser mesmo obrigados a fazer as malas e voltar acabrunhados para casa, onde têm tanto que arrumar, reconstruir, repensar e reequacionar… ou então pode ser o seu fim, ironicamente por implosão!

“YANKEE GO HOME”!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 1 de Fevereiro de 2023.

 

CÍRCULO 4F.

A consultar:

 

Escutem Mikis Teodorakis – a música grega mergulha toda ela no significado dos amplos espaços, pois é um ponto de junção cultural de grande amplitude – Dalaras – Tribute to Mikis Theodorakis, 1995 – (Mikis Teodorakis acomopanhou-me nesta produção dando sequência a Carlos Puebla – https://www.youtube.com/watch?v=Ii9lUlo6cxY.

 

Desde a 1ª hora da Operação especial há um ano, que Martinho Júnior a considerou como legítima libertação – Libertação não é fazer a Guerra – https://paginaglobal.blogspot.com/2022/03/libertar-nao-e-fazer-guerra.html; https://frenteantiimperialista.org/liberar-no-es-hacer-la-guerra-martinho-junior/.