¿Hasta cuándo tendremos Palestina?
ATÉ QUANDO HAVEMOS PALESTINA?!…
NO CERNE DA IIIª GUERRA MUNDIAL.
Poder-se-á conhecer e balancear a IIIª Guerra Mundial, enquanto continuada prática de conspiração não declarada, através de muitas trilhas, ou até por via do enredar dessas trilhas, mas em qualquer dos casos a questão da Palestina é fulcral, pois tem sido a Palestina o alvo mais continuamente fustigado pelo “hegemon” no seu compulsivo unilateralismo de guerra contra o Sul Global, desde a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki, desde o último dia da IIª Guerra Mundial, já lá vão mais de 76 anos!…
Tanto pior por que o alvo Palestina faz reaproveitamentos de dispositivos anglo-saxónicos que tiveram que ver com o império colonial britânico tanto quanto com a vocação nazi!
Todo esse crime continuado redundante do império colonial britânico, é vincado na origem pela Declaração de Balfour, em completa submissão à aristocracia financeira mundial e ao sionismo, centrada numa das figuras mais representativas da época em termos de casas bancárias, ideologias e carácter dos estados, Lord Rothschild!
Assim a questão da Palestina é uma autêntica radiografia histórica e antropológica à natureza do poder dominante desde praticamente a sua origem, quando a Revolução Industrial determinou o império colonial britânico e a sua redundância na formação unilateral do “hegemon”, aproveitando as mais hediondas redes “stay behind” que alguma vez algum poder em seu próprio nome “recuperou”!
Com a IIª Guerra Mundial essa “visão” extraordinariamente elitista e excludente dos povos em benefício das elites mais tenebrosas, foi fortalecida!
Com os nazis a perder a guerra, o sionismo, nos termos da sua cumplicidade, foi dele reaproveitado e reavaliado a partir do chão sangrento dessa derrota nos termos duma rede (sionista) “stay behind” que serviu de modelo, na velha tradição da casa Rothschild: apostar sempre nos dois lados do “front” em confrontação para, tirando partido do que saísse vitorioso, determinar a continuidade de seus propósitos, enriquecer sempre cada vez mais e continuar com as guerras pois elas são o segredo do seu negócio, do seu domínio e do climax do próprio império erguido sobre o colonialismo!
Na formação do sionismo a mescla anglo-saxónica é essencial, tanto por via das pistas do império britânico, como pelas pistas da Alemanha redundante da Conferência de Berlim e partícipe da Iª Guerra Mundial, (no caso do império britânico às custas do império otomano).
Os sionistas durante a IIª Guerra Mundial estiveram em estreita conexão directa ou tácita com os nazis, o que era do conhecimento dos serviços secretos das potências aliadas.
No dia 14 de maio de 1948, consumada a 1ª fase do embuste, a Inglaterra retirou-se da Palestina, entregando escandalosamente o seu aparato bélico e o enorme arsenal militar aos terroristas judeus do Haganá, do Irgun e do Stern, cumprindo assim a outra obscura cláusula da sinistra negociata balfour-rothschild: «… envidaremos os melhores esforços …».
Antes porém os terroristas judeus atentaram contra o próprio poder colonial de Sua Majestade Britânica sendo a 22 de Junho de 1946 o acontecimento mais terrível: por via da colocação duma poderosa carga explosiva, rebentou até aos alicerces uma ala do Hotel Rei David, onde se encontravam instaladas autoridades coloniais britânicas (Secretariado Britânico, o Comando Militar e um ramo da Divisão de Investigação Criminal), provocando largas dezenas de mortos e feridos.
Posteriormente, e no decorrer dos anos, o lobby judeu no Congresso americano vem desenvolvendo e aperfeiçoando essa cínica e macabra função de armar e financiar o invasor da Palestina votada cada vez mais a retalhos e ao caos, enquanto, de doutrina dominante em doutrina dominante, se fazem de forma alargada os aproveitamentos do terrorismo sionista, introduzindo o “modelo” na criação das redes islamitas sunitas/wahabitas (Al Qaeda e Estado Islâmico entre outras), tirando partido de interesses das monarquias arábicas de carácter feudal e de expedientes de financiamento que integram, além do mais, lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de heroína a partir do Afeganistão.
O sionismo é agora esse monstro prolífero inerente às aparentemente contraditórias nervuras do próprio “hegemon”, que se espalhou tacitamente pelo Médio Oriente Alargado, por África e por alguns países da América Latina para além dos Estados Unidos, onde o núcleo duro é inerente à própria aristocracia financeira mundial desde o seu berço de natureza colonial-imperialista.
As “primaveras árabes” foram mesmo utilizadas como aceleradores para a instalação dessas redes promotoras de caos fundamentalista, expondo pouco a pouco as conexões do Pentágono e da CIA por todas as regiões afectadas.
A guerra perpétua é a garantia da continuidade da guerra não declarado do “hegemon” contra o Sul Global, de facto a prática de conspiração que “anima” a IIIª Guerra Mundial, com o sionismo atiçando o fogo no Médio Oriente Alargado e em África e a Palestina sacrificada no seu cerne, reduzindo-se cada vez mais a estilhaços!
O “hegemon” instalou por via da implantação do sionismo um estado artificial e artificioso em território palestino, tirando partido dos “bons ofícios” do império colonial britânico quando a coroa britânica saía esvaída da IIª Guerra Mundial e a partir dessa instalação forçada, gerando sempre terrorismo, caos e desagregação, cultivou até nossos dias o anátema da IIIª Guerra Mundial não declarada contra o Sul Global, começando por reduzir a migalhas e a pó a própria Palestina!
A resistência palestina e seus apoios e aliados em toda a região, que crescem agora dialeticamente distendendo-se a partir do Irão em função das redes xiitas implementadas pelo general Qassem Soleimani, assassinado às ordens do Presidente Donald Trump, emerge dos subterrâneos para enfrentar o terrorismo de estado sob a égide sionista em Israel e o caos que serve o “hegemon” na via das guerras perpétuas previstas pela doutrina Rumsfeld/Cebrowski contra todo o Sul Global em particular na Síria, no Iraque e no Iemen.
As resistências estão a fermentar em cadeia, mas a da Palestina distende-se já há mais de um século, praticamente desde a Declaração Balfour!
Acabar com o sionismo, pode levar mais um século!…
… Até quando havemos Palestina?!…
5 de Junho de 2021.
Consulta recomendada: Entrevista con Secretario General del Frente Democrático para la Liberación de Palestina (FDLP) – https://frenteantiimperialista.org/entrevista-con-secretario-general-del-frente-democratico-para-la-liberacion-de-palestina-fdlp/