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Medianoche nuclear. Martinho Júnior

MEIA-NOITE NUCLEAR!

«Advertimos os patrocinadores ocidentais da máquina militar de Kiev de encorajar provocações nucleares e chantagem. Sabemos que o tanque Leopard 2, bem como os veículos de combate de infantaria Bradley e Marder, estão armados com projéteis perfurantes de núcleo de urânio, o uso de o que leva à contaminação da área, como aconteceu na Iugoslávia e no Iraque . Se Kiev for fornecida com tais projéteis para equipamento militar pesado da OTAN, consideraremos isso como o uso de bombas nucleares sujas contra a Rússia , com todas as conseqüências decorrentes » – https://ria.ru/20230125/snaryad-1847362826.html

Está-se à beira de se ouvir ressoar as primeiras badaladas do relógio da meia-noite nuclear, quando desde 2004/5, desde a “revolução laranja”, os golpistas de Kiev vêm atravessando todas as “linhas vermelhas” de Moscovo, porque é desde então que deixou de haver segurança comum na Europa, desesperadamente sabotada pela hegemonia unipolar com as “revoluções coloridas” golpistas em Kiev!

Essa travessia foi feita nos últimos onze meses de derrota em derrota, porque um amontoado de “ruidosas” táticas, face a estratégias incisivas e bem concertadas, nada mais são, desde a nascença, senão contundentes derrotas!… “Cão que ladra não morde”!

A Rússia destruiu o material empregue nas 3 ondas de assalto à “concha” do Donbass e em termos humanos, acentuam-se as perdas “até ao último ucraniano”!

O Pentágono e o instrumentalizado zombi-híbrido EU/NATO vão agora preparar a 4ª vaga de assalto, derrotada desde a nascença impulsiva, arremedo ainda mais “ruidoso” de manobra tática!

De ruído em ruído, é o Pentágono e a NATO que estão a ruir, pois qualquer que seja a onda de armamentos injectados, é a derrota que os espera!

O envio para mãos ukronazis dos tanques Leopard2, de tanques M1 Abrams, ou de veículos de combate Bradley, significa todavia que esses meios de combate podem ser municiados com obuses de urânio empobrecido, conforme as capacidades neles desenvolvidas, ou seja, o mesmo tipo de munições que foram utilizadas pela hegemonia unipolar nos Balcãs, quando foi reduzida a cacos étnicos a Jugoslávia, ou no Iraque, com base na mentira de que Saddan possuía armas químicas de destruição massiva.

Nesta 4ª onda de armamentos, abre-se a hipótese à introdução ao nuclear (bombas com urânio empobrecido)…

Agora o alvo não é mais um estado não nuclear, agora o alvo passou a ser as poderosas Forças Armadas da Federação Russa, a maior potência nuclear global.

A manobra não é apenas provocação deliberada, pois por outro lado, as centrais nucleares sob custódia ukronazi estão a servir para depósitos de armas e paióis de munições…

Os “ocidentais” atiçam aos apetites nucleares!

O Pentágono que ocupa militarmente o território europeu intimamente associado à instrumentalização da EU/NATO, está a colocar na Polónia, desde a Holanda e Dinamarca, os equipamentos militares recentemente enviados para as mãos ukronazis, depois de 3 ondas de esforços consumados em derrota!

Novos contingentes que vão ser lançados nos campos de batalha, vão ser “formados” nos campos de treino da Polónia para absorverem às pressas as aptidões de manobra que são requeridas, ainda bastante longe da fronteira com a Ucrânia

Os polacos, que na Ucrânia são a seguir aos autóctones a “carne para canhão” da EU/NATO, arriscam-se a ter que lutar no seu próprio solo, também “até ao último soldado”!

Será a partir da Polónia e eventualmente da Roménia, que esses equipamentos, entregues aos operacionais que com eles vão operar, entrarão em território da Ucrânia e serão injectados nos campos de combate em direcção a leste, contra o Donbass, tentando passar por imponderáveis que podem-se transformar repentinamente em cortinas de mísseis que os vão destruir.

Os factos nestes termos fazem avançar os ponteiros do relógio nuclear até às primeiras badaladas da meia-noite e se o batimento se desencadear, muita coisa se pode consumar antes das últimas doze pancadas, com implicações imediatas de que a Europa não pode escapar!…

…O que se pode desencadear será milhares de vezes mais mortífero que as bombas atómicas que os Estados Unidos fizeram explodir sobre as populações mártires do Japão, antes do final da IIª Guerra Mundial!

A Ucrânia e a Polónia podem estar já a perfilar-se com os primeiros alvos da resposta que as Forças Armadas Russas podem ser obrigadas a desencadear em profundidade e desde o Donbass!

Será que perante esta escalada para além da provocação que se irá consumar em mais uma derrota, em que as baixas russas podem aumentar agora por causa de bombas sujas, a Rússia vai ser capaz de salvar a Europa e a humanidade dum holocausto nuclear?

COM A MUDANÇA DE PARADIGMA, NÃO PODE HAVER MAIS 3ª VIA, NEM “PÔNCIO PILATUS” ALGUM!

Perante essa escalada, de tática em tática, de derrota em derrota e sem o fio condutor duma robusta estratégia do zombi-híbrido EU/NATO, Angola (que acaba de receber Lavrov) se arvora, qual “Pôncio Pilatus”, em campeã da neutralidade!…

Face à 4ª onda injectora de armamento pesado, com os tanques “ocidentais” a disparar munições de urânio empobrecido, deixou de haver “neutralidade” possível e as coisas tornaram-se disjuntivas!

Angola acaba de perder a oportunidade de, em nome da paz, dissuadir a hegemonia unipolar no sentido de não injectar mais armamentos que agora podem conduzir à catástrofe nuclear, a única forma de não serem mais derrotados e tudo fazer para à mesa de conversações buscarem os consensos que falharam desde o início da década de 90 do século passado!…

Como não o fez, Angola arrisca-se a incorporar as fileiras dos que preenchem o lado errado da história, o lado dos antecipadamente derrotados, o lado dos que estão dentro do beco sem saída, ou então dos que dão início ao uso do nuclear, distanciando-se da libertação do neocolonialismo a que se tem deliberadamente exposto desde o Acordo de Bicesse a 31 de Maio de 1991!

Atraiçoar a história vai ter os seus custos!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 26 de Janeiro de 2023.

CÍRCULO 4F.


 

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1 Comment

  1. […] “Angola acaba de perder a oportunidade de, em nome da paz, dissuadir a hegemonia unipolar no sentido de não injectar mais armamentos que agora podem conduzir à catástrofe nuclear, a única forma de não serem mais derrotados”…– https://frenteantiimperialista.org/medianoche-nuclear-martinho-junior/ […]

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