¡Que los nazis dejen de atentar contra la dignidad de toda la humanidad! Martinho Júnior
QUE OS NAZIS PAREM DE ATENTAR CONTRA A DIGNIDADE DE TODA A HUMANIDADE!
“Angola acaba de perder a oportunidade de, em nome da paz, dissuadir a hegemonia unipolar no sentido de não injectar mais armamentos que agora podem conduzir à catástrofe nuclear, a única forma de não serem mais derrotados”…– https://frenteantiimperialista.org/medianoche-nuclear-martinho-junior/
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS.
Combater o nazismo é recorrente para todos os que respeitem a Carta das Nações Unidas e não só uma obrigação para os 4 signatários da Declaração das 4 Nações, assinada em Moscovo a 30 de Outubro de 1943 ainda a IIª Guerra Mundial estava em curso!
Quando os estados individualmente assinam seu compromisso com a Carta da ONU, é para a honrar, substancialmente honrar com determinação em relação às ideologias e práticas nazis, mesmo que alguma das 4 Nações signatárias (actuais membros do Conselho de Segurança), venha a acobertar essas ideologias e essas práticas, como acontece hoje com todas as evidências com os Estados Unidos e o Reino Unido “providenciando” uma hegemonia unipolar que usa a força eminentemente anglo-saxónica!…
São essencialmente os anglo-saxónicos que disseminam as ideologias e práticas de conspiração neonazis, esquecendo da raiz do seu próprio papel na IIª Guerra Mundial, quando reconheciam que todo o peso da “desnazificação” recaía sobre a União Soviética!
É o que nos indica sem margem para dúvidas (num condensado com raízes histórias), os artigos 106 e 107, do Capítulo XVII, no que toca às Disposições Transitórias sobre Segurança:
“Artigo 106 Antes da entrada em vigor dos acordos especiais a que se refere o artigo 43, que, a juízo do Conselho de Segurança, o habilitem ao exercício de suas funções previstas no artigo 42, as partes na Declaração das Quatro Nações, assinada em Moscou, a 30 de outubro de 1943, e a França, deverão, de acordo com as disposições do parágrafo 5 daquela Declaração, consultar-se entre si e, sempre que a ocasião o exija, com outros membros das Nações Unidas a fim de ser levada a efeito, em nome da Organização, qualquer ação conjunta que se torne necessária à manutenção da paz e da segurança internacionais.
Artigo 107 Nada na presente Carta invalidará ou impedirá qualquer ação que, em relação a um Estado inimigo de qualquer dos signatários da presente Carta durante a Segunda Guerra Mundial, for levada a efeito ou autorizada em consequência da dita guerra, pelos governos responsáveis por tal ação.”
Evocar a Declaração de Moscovo de 30 de Outubro de 1943, assim como as Conferências sucessivas que a sustentaram (anos de 1941, 1942, 1943, 1944 e 1945) e respeitar os conteúdos a quente de então, confere o vigor necessário às interpretações legítimas e legais no presente, nestes anos 20 do século XXI.
Na Assembleia Geral da ONU vota-se anualmente uma Resolução relativa à “Luta contra a glorificação do nazismo, neonazismo e outras práticas que contribuem para exacerbar as formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e formas conexas de intolerância”.
Entre 12 e 15 de Dezembro de 2022 realizaram-se os debates e a votação desse ano (A/77/461 DR I), com 120 países a favor, 50 contra e 10 abstenções; os votos contra confirmam todos os que seguem de forma canídea a hegemonia unipolar de carácter neonazi que se foi perfilando desde o início dos anos 90 do século XX até aos nossos dias, culminando com o programa dos seguidores de Stepan Bandera na Ucrânia, num atentado à dignidade de toda a humanidade!
Começando com o neoliberalismo como solução, o empertigamento derivou para o fundamentalismo neonazi, do qual toda a humanidade deve assumir a responsabilidade de se proteger!
Por essa votação constata-se quem reedita Hitler em pleno século XXI, impondo as “regras” de suas bárbaras motivações exclusivas, exclusivistas, arrogantes e contra a lógica com sentido de vida que deve animar toda a humanidade!
A hegemonia unipolar anglo-saxónica assumiu um carácter neonazi e faz proliferar esse carácter com os instrumentos à sua disposição, assumindo-se como o Eixo de então e deve ser responsabilizada por isso por toda a humanidade, particularmente por todo o Sul Global alvo de caos, de terrorismo, de desagregação, de tensões, conflitos e guerras “sem fim” que dão corpo a uma IIIª Guerra Mundial que começou com o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki a 6 e 9 de Agosto de 1945!
A história de como os Estados Unidos mantiveram as “redes stay behind” emanadas do génio nazi de Stepan Bandera comprova seu próprio génio hoje!
As mais de 800 bases “ultramarinas” do Pentágono são os artífices directos dessa IIIª Guerra Mundial efectiva e deliberadamente nunca declarada, mas ideologicamente bem palpável ao insuflar tantas práticas de conspiração, a última das quais correspondem aos ukronazis!
O Sul Global pode e deve evocar a responsabilidade de se proteger dos “ocidentais” cada vez mais “nazificados” (não é ironia), pois não há “equidistância” possível – é um absurdo dialogar com a arrogância neonazi!
COMO SE ASSUME (?) ANGOLA.
Como um dos estados e povos mais combativos nos esforços da luta armada de libertação da 2ª metade do século XX, de 1961 a 2002, contra o colonialismo, o “apartheid” e suas sequelas, Angola na generalidade tem correspondido ao legítimo padrão que lhe deu rumo, apesar dos impactos que sofreu por parte das correntes neoliberais sob a concertada égide de Ronald Reagan e Margareth Thatcher.
Nas posições que a diplomacia angolana tem assumido na Organização das Nações Unidas, registe-se como Angola respeita a sua Carta e ao mesmo tempo se tornou num substantivo motivador para que outras nações, estados e povos Não-Alinhados, sejam ávidos de solidariedade, de cooperação, de paz e respeitadores da Mãe Terra!
Entre 1992 e 2002 essas correntes neoliberais dominantes que conformavam a arrogância anglo-saxónica manipularam fundamentalmente a partir do acordo de Bicesse, assinado a 31 de Maio de 1991, o processo interno e regional sub-sahariano, obrigando o povo angolano a sofrer o choque a que se seguiu uma terapia “contra natura” cujas consequências se está longe de vencer!
São visíveis em Angola as marcas da maturação desses expedientes de choque e terapia que já levam mais de 30 anos e se juntaram ao espectro de subdesenvolvimento crónico que se arrasta do passado de escravatura e colonialismo, com actores que paulatinamente indiciam não ser agora mais capazes de resistir à barbaridade dos jogos que foram atingindo irremediavelmente o povo angolano, particularmente quando perdeu quase todos os seus aliados libertários à excepção da indómita Cuba Revolucionária, ainda que sujeita a um perverso bloqueio, por si sinónimo das conspirações nazis contemporâneas que caracterizam a hegemonia unipolar!
A Federação Russa despertou e percebeu as razões históricas profundas da artificiosa implosão da URSS, da extinção sem contrapartida de segurança comum do Pacto de Varsóvia, do estilhaçar da Jugosláviada disseminação de caos, de terrorismo e de desagregação em curso contra si e contra o Sul Global Não-Alinhado…
Apesar da perda de energia libertária que fez até com que os “Ps” da República Popular desaparecessem, as posições que a diplomacia angolana toma na Organização das Nações Unidas têm-se pautado pelo respeito para com a sua Carta e ao mesmo tempo tornaram-se um factor inspirador e motivador para outras nações, estados e povos Não-Alinhados, ávidos de solidariedade, de cooperação, de desenvolvimento sustentável, de paz e respeitadores da Mãe Terra!
De há 11 meses a esta parte contudo, contrariando esse rumo, começou a haver subtis indícios de alterações “contra natura” espelhados no sentido de voto e em declarações públicas em alguns assuntos de vulto!
Angola demonstra nesses indícios, desde fragilidades na interpretação histórica até a vulnerabilidades cuja esteira conduz à submissão neocolonial em função de ingerências e manipulações inteligentes das potências “ocidentais”!
Na passagem de 2022 para 2023 alguns factos atestam-no, subvertendo o rumo que tem honrado o passado e a nossa história: o desempenho da diplomacia angolana tenta refugiar-se num papel de “equidistância” cujos fundamentos (?) confusos, débeis e demonstrando alinhamentos com o “diktat” que jamais deveria ter, parece não conseguir discernir sobre a natureza neonazi do desempenho da hegemonia unipolar incapaz de aceitar a mais que legítima mudança de paradigma para um universo multipolar e multilateral!
Angola desse modo está a arriscar sua própria autodeterminação, independência e soberania!
Por tabela não reconhece o carácter neonazi do poder duplamente golpista instalado pela força em Kiev, o que contraria o seu próprio voto no âmbito da A/77/461 DR I…
Para os diplomatas angolanos a “guerra” afinal só começou com a “invasão russa” a 24 de Fevereiro de 2022 e antes todos os “ocidentais” não passavam de “anjinhos” cultores de “esmerados jardins” face à “selvajaria” do Sul Global (à maneira dos neonazis Borrel, Victoria Nuland, “Killary” Clinton, John McCain, Obama e o “senhor Lockeed” que ora está na “presidência democrática”)!
O posicionamento sobre o que Angola redutora e sintomaticamente considera de “o conflito Rússia – Ucrânia” (confundindo a árvore com a floresta), tem como argumento um documento provocador com o título “PROPOSTA DE POSICIONAMENTO DA REPÚBLICA DE ANGOLA NO ÂMBITO DO CONFLITO QUE OPÕE A FEDERAÇÃO RUSSA À REPÚBLICA DA UCRÂNIA” com dois pontos finais reveladores das “costas largas” de quem manipula e conspira entre os arbustos:
“8. A República da Ucrânia é igualmente um importante parceiro com quem a República de Angola mantém boas relações diplomáticas e de cooperação
9. Assim sendo, com base nesses elementos que nos colocam fundamentalmente numa posição de equidistância, encorajamos as autoridades russas a dar mais chance ao regaste do merecido estatuto e prestigio da Rússia perante a História, estabelecendo um cessar-fogo definitivo, enquanto condição indispensável para a construção de uma paz solida e duradoura neste conflito”…
De facto a diplomacia angolana está a corresponder à “U.S. Strategy toward Sub-Saharan Africa” que pende, como uma “espada de Dâmocles” típica da arrogância neonazi, sobre a cabeça dos tão vulneráveis estados, nações e povos africanos!
Constate-se o teor da abusiva pílula, ao mesmo tempo subversiva, arrogante, exclusivista e nazi:
«O mundo está profundamente consciente da importância da África, estimulando os países a expandir seu envolvimento político, econômico e de segurança com os estados africanos. Isso apresenta novas oportunidades e desafios para os interesses dos EUA na região. Aliados e parceiros na Europa, no Oriente Médio e no Indo-Pacífico consideram cada vez mais a África como parte integrante de sua segurança nacional, e muitos estão comprometidos em trabalhar com os Estados Unidos para promover investimentos de alto padrão, orientados por valores e transparentes, bem como abordar crises políticas e de segurança. A República Popular da China (RPC), por outro lado, vê a região como uma arena importante para desafiar a ordem internacional baseada em regras, promover seus próprios interesses comerciais e geopolíticos estreitos, minar a transparência e a abertura e enfraquecer as relações dos EUA com os povos e governos africanos. A Rússia vê a região como um ambiente permissivo para paraestatais e empresas militares privadas, muitas vezes fomentando a instabilidade para benefício estratégico e financeiro. A Rússia usa seus laços econômicos e de segurança, bem como a desinformação, para minar a oposição de princípios dos africanos à invasão da Ucrânia pela Rússia e aos abusos relacionados aos direitos humanos.”
À “equidistância” provocatória é justo colocar uma pergunta que não deixa de ser também provocatória, mas é fundamentalmente preventiva porque com nazis se demonstra uma vez mais que um diálogo saudável em busca de consensos e segurança vital comum é impossível (já vão na 4ª onda de fornecimento de armas a Kiev ainda não se completou um ano, ao invés de se sentarem à mesa de negociações)!
Com o voto “contra natura” pelo menos já uma vez favorável à Ucrânia, será que Angola está a colocar à disposição dos neonazis o fornecimento de equipamentos militares adquiridos desde os tempos da República Popular à União Soviética e a membros do extinto Pacto de Varsóvia, satisfazendo também em África os aliciamentos conspirativos e subversivos do “hegemon” unipolar em curso avançado na Europa e na América, a favor dos golpistas fantoches de Kiev?
Em reforço constate-se que o texto foi publicado no Jornal de Angola de 27 de Janeiro de 2023!
É sem qualquer margem para dúvida ética e moralmente confrangedoramente condenável essa “equidistância”, tanto mais que “Angola acaba de perder a oportunidade de, em nome da paz, dissuadir a hegemonia unipolar no sentido de não injectar mais armamentos que agora podem conduzir à catástrofe nuclear, a única forma de não serem mais derrotados” quando se devia “tudo fazer para à mesa de conversações buscarem os consensos que falharam desde o início da década de 90 do século passado!”…
Quem quer que em África se perpetue o saque?
A diplomacia angolana (?) com essa “equidistância” transversalmente submissa ao “diktat” do “hegemon”, não honra nem o passado nem a nossa história e começa a ser insultuosa para com os Antigos Combatentes das lutas armadas de libertação de todo o Sul Global e à memória devida aos caídos pela causa das legítimas sagas contra a escravatura, o colonialismo, o “apartheid”, o neocolonialismo e o neoliberalismo que escancara as portas aos neonazis e à CIA colectora de Stepan Banderas até aos Guaidós e Zelenskis da ocasião!
Como é mesmo necessária a desmilitarização e a desnazificação!
Parem de atentar contra a dignidade de toda a humanidade!
Círculo 4F, Martinho Júnior, 28 de Janeiro de 2023.
Imagem: Conferência de Moscovo em 1943 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Moscou;
A consultar:
- Carta das Nações Unidas – https://brasil.un.org/sites/default/files/2022-05/Carta-ONU.pdf;
- Conferência de Moscou – https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Moscou;
- Declaração de Moscovo – https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Moscou;
- EE.UU., Ucrania y los antiguos países del Eje votan en la ONU contra la resolución rusa de lucha contra la glorificación del nazismo – https://actualidad.rt.com/actualidad/452075-onu-adopta-resolucion-rusa-lucha-glorificacion-nazismo;
- A Rússia tem o direito de punir nazis em toda a parte (de acordo com o estatuto da ONU) – https://aquinomeucanto.blogspot.com/2022/09/a-russia-tem-o-direito-de-punir-nazis.html?zx=e4dafe76f51c8ba
- Elimination of racism, racial discrimination, xenophobia and related intolerance – https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N22/720/46/PDF/N2272046.pdf?OpenElement; https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N22/720/46/PDF/N2272046.pdf?OpenElement:
- Síndrome de Estocolmo en UE: países europeos se oponen a la lucha contra glorificación de nazismo – https://sputniknews.lat/20221216/sindrome-de-estocolmo-en-ue-paises-europeos-se-oponen-a-la-lucha-contra-glorificacion-de-nazismo-1133643311.html;
- CASA BRANCA SE RECUSA A DIZER SE A UCRÂNIA RECEBERÁ MUNIÇÃO DE URÂNIO EMPOBRECIDO TÓXICO – https://southfront.org/white-house-refuses-to-say-if-ukraine-will-get-toxic-depleted-uranium-ammo/;
- Nacionalismo ucraniano como uma ‘arma da Guerra Fria’ – https://thesaker.is/ukrainian-nationalism-as-a-cold-war-weapon/;
- Os Leopardos de Davos – https://estatuadesal.com/2023/01/20/os-leopardos-de-davos/;
- Posicionamento sobre o conflito Rússia – Ucrânia – https://www.pressreader.com/angola/jornal-de-angola/20230127/textview;
- ‘Relógio do Juízo Final’: 90 segundos para a meia-noite – https://thesaker.is/doomsday-clock-90-seconds-to-midnight/