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En su decadencia, a la hegemonía unipolar le queda la propagación del caos, el terrorismo y la desintegración. Martinho Júnior

EM DECADÊNCIA, À HEGEMONIA UNIPOLAR RESTA-LHE A PROPAGAÇÃO DO CAOS, DO TERRORISMO E DA DESAGREGAÇÃO.

A RÚSSIA VAI TRANSFORMAR A OPERAÇÃO MILITAR PREVENTIVA NA UCRÂNIA, NUMA OPERAÇÃO ANTI TERRORISTA DE LARGO ESPECTRO.

NUMA EUROPA OCUPADA PELO PENTÁGONO, É A LIBERTAÇÃO DOS SEUS POVOS QUE ESTÁ EM CAUSA E NO HORIZONTE.

OS POVOS EUROPEUS, UM A UM, VÃO TER CADA VEZ MAIS, MUITAS DECISÕES A TOMAR!

NOS ESTADOS UNIDOS, CRIMES EM CADEIA SÃO UMA ANTEVISÃO SISTÉMICA DE CAOS, TERRORISMO E DESAGREGAÇÃO.

“O objetivo deste Ocidente é enfraquecer, dividir e, finalmente, destruir nosso país. Eles já estão dizendo explicitamente que conseguiram dividir a União Soviética em 1991, e que agora é hora de a própria Rússia se desintegrar em uma infinidade de regiões e zonas que lutam entre si até a morte.

E eles vêm fazendo esses planos há muito tempo. 

Eles encorajaram gangues terroristas internacionais no Cáucaso, fomentaram a infra-estrutura ofensiva da OTAN perto de nossas fronteiras. 

Eles fizeram da russofobia total sua arma de escolha, incluindo décadas de cultivo deliberado de ódio à Rússia, especialmente na Ucrânia, para a qual prepararam o destino de uma cabeça de ponte anti-russa e transformaram o povo ucraniano em bucha de canhão para empurrá-los para guerra contra nosso país, eles começaram essa guerra já em 2014, usando forças armadas contra civis, organizando genocídio, bloqueio e terror contra pessoas que se recusaram a reconhecer o governo que surgiu na Ucrânia após o golpe.

E depois que o atual regime em Kiev rejeitou publicamente uma solução pacífica para o problema do Donbass e, além disso, anunciou sua reivindicação de armas nucleares, ficou absolutamente claro que um novo, outro ataque em grande escala ao Donbass, como já havia acontecido duas vezes antes , era inevitável. E então, inevitavelmente, um ataque à Crimeia russa se seguiria – à Rússia.!

DISCURSO DO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO RUSSA, VLADIMIR PUTIN, EM 21 DE SETEMBRO DE 2022 – https://www.donbass-insider.com/2022/09/21/speech-by-the-president-of-the-russian-federation-vladimir-putin-on-21-september-2022/.

 

CAOS, TERRORISMO E DESAGREGAÇÃO, AS ARMAS STRAUSSIANAS DO CONTEMPORÂNEO CAPITALISMO NEOLIBERAL.

Os primeiros efeitos da aplicação da doutrina de Leo Strauss foram sentidas pelo Chile, através do golpe de estado do 11 de Novembro de 1973, antecipando, enquanto pequeno “laboratório”, a adopção do capitalismo neoliberal que animaria, uma década depois, a administração de Ronald Reagan e o governo de Margareth Thatcher…

Curiosamente a doutrina conservadora de Leo Strauss é contemporânea da doutrina neoliberal de Milton Friedman, prevalecendo “vasos comunicantes” entre as duas, pelo que os “rapazes de Chicago”, na mesma universidade (Chicago), passaram “transversalmente” de seus curriculuns escolares para os mecanismos do poder da hegemonia unipolar!

Desde então a combinação de suas fórmulas em função do jogo do império da hegemonia unipolar começou a ganhar a visão unipolar global, sempre com a União Soviética (enquanto ela não implodiu), ou a Federação Russa, entre seus principais alvos e vítimas, partindo de experiências alargadas, entre elas Angola da grande devassa da “queda dos Ps” (se o autor do choque foi o arauto dessa queda, o verdadeiro artífice da terapia foi quem acabou de facto com a República Popular, com o Partido do Trabalho e com as FAPLA, ainda que elas tenham saído vencedoras nos campos de batalha contra o “apartheid”).

A doutrina neoliberal, que conforme Naomi Klein gera o choque para aplicar a terapia, ampliou-se com o reforço dos straussianos, uma vez que o objectivo era a apropriação privada das riquezas naturais a qualquer custo e por isso necessário foi disseminar terror nos “estados párias”, por todo o Sul Global difuso em Não-Alinhamento, disseminando neles e a partir deles, caos, terrorismo e desagregação, pois a fragilidade desses estados, passou a ser a única garantia para o domínio do império da hegemonia unipolar em regime dos 1% sobre o resto da humanidade.

O império passou a prevalecer com seu cortejo de privatizações motivadas até para a manutenção de tensões, conflitos e de guerras-sem-fim que passaram a cultivar graças também às PMCs (empresas de mercenarios, NdE) da ocasião perfeitamente enquadradas no seu “espírito”, conjugando-se tudo com mais de 800 bases militares “ultramarinas” num mundo que passou a ser um misto de “cosa nostra” e campo de tiro!

Essa força de domínio foi estabelecida “deep inside” tirando partido duma Europa e dum Japão ocupados pelas forças do Pentágono desde a IIª Guerra Mundial, uma ocupação que formatou paulatinamente todas os estados que se foram aglutinando no zombi-híbrido EU/NATO, na esteira dum plasma mesclado por “civilização ocidental” e neocolonialismo rebuscado na cultura dominante anglo-saxónica, que possibilitou a gestação da aristocracia financeira mundial transatlântica e sua ementa dilecta de “democracia representativa” enquanto factor de egoísmo, de elitismo e de exclusão “soft power”!

A ocupação da Europa e do Japão (também da Coreia do Sul) permitiu os programas das “democracias representativas” e a ideologização exacerbada integrando processos neocoloniais capazes dum eurocentrismo alienador… por isso caos, terrorismo e desagregação são “transversais” a todas as sociedades e passam “por osmose” em qualquer tipo de fronteira.

Esse eurocentrismo alienador sempre procurou esconder os seus próprios pés de barro, pois a Europa deixou há muitos séculos de ser produtora de matérias-primas, mas a todo o custo pretende continuar a ser um dos principais consumidores das riquezas globais, ainda que, para esse efeito, se tenha que assumir como “traga-mouros” feudal em pleno século XXI, conforme ocorreu na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria e na Ucrânia…

Caos, terrorismo e desagregação expandiram-se por engenho, arte e obra do poder imperial hegemónico impondo vassalagens e cumplicidades sem limite e entre os muitos alvos e vítimas, a Federação Russa foi-se tornando numa obsessiva questão-chave: a expansão do zombi-híbrido EU/NATO até às suas fronteiras, os golpes de estado das “revoluções coloridas” e das “primaveras árabes”, a disseminação das jihades coligadas arregimentadas Médio Oriente alargado fora, com a cumplicidade “inteligente” do sionismo, a vulnerabilização compulsiva dos produtores energéticos, tudo serviu para se deitar mão, na orquestra terrorista pirata e sabotadora da hegemonia unipolar…

Com base em experiências próprias, na Chechénia, na Geórgia, na Síria, na Ásia Central, na Bielorrússia, ou ainda na experiência de outros como a Jugoslávia, o Iraque e a Líbia entre muitos outros (Angola incluída), a Federação Russa iniciou um vasto caminho de acções em defesa de sua própria independência e soberania, tornando-se num dos principais actores e mentores de anti terrorismo, contra a perfídia do exercício “straussiano” da hegemonia unipolar, que para se suster ampara-se de mais de 800 bases espalhadas pelo mundo.

Na Ucrânia, ao obstar que os golpistas da “revolução colorida” de EuroMaidan continuassem a flagelar e dilacerar o povo de Donbass, a Federação Russa procurou mesmo assim salvaguardar a vida de inocentes, sabendo que a situação obrigava a um auto flagelamento entre povos irmãos, fazendo no entanto avaliações constantes por que o esforço de libertação se reflecte em vários tabuleiros, desde o próprio terreno das acções.

A conclusão, passados estes sete primeiros meses, é a de que os ukronazis surgidos desde o golpe de estado de 2014 a partir de EuroMaidan, sendo um produto artificioso explorando a conjugação da linha ideológica “stay behind” de Stepan Bandera com a dos “straussianos”, constituem hoje um dos promotores de insegurança em toda a linha, promotores do terrorismo que urge combater, libertando toda a Europa no seguimento das potencialidades multiculturais e multilaterais duma emergência que se torna cada vez mais funcional por via do “espírito de Shangai”, vocacionada para a cooperação, a solidariedade e a lógica com sentido de vida que respeita a Mãe Terra!

Segurança vital comum na Europa só poderá ser erguida com a Federação Russa e quanto mais se esgotarem os europeus na Ucrânia dos ukronazis, mais insegurança terão, tanto pior se não dialogarem em busca de consensos com a Rússia!

Uma Europa palco de contradições será sempre insegura!

As alterações em curso na Federação Russa são já alterações de fundo considerando a luta anti terrorista, pelo que na economia, na sociedade e nas Forças Armadas já se estão a fazer sentir o conjunto alargado de medidas, que mesmo assim não deixam de estar ancoradas ao “espírito de Xangai”!

Os actos como o assassinato de Daria Dugina, a sabotagem dos gasodutos Nord Stream I e II, ou a explosão do camião na ponte da Crimeia, seguida de incêndio dum comboio que passava no tabuleiro ao lado da rodovia (sob investigação), obrigam a Rússia a tirar partido das suas capacidades acumuladas de luta anti terrorista e é isso que vai passar a ocorrer em largo espectro, sincronizando-se a libertação dos povos europeus do estigma da ocupação militar, política, económica e ideológica em que se encontram…

Como os actos de caos e de terrorismo não têm fronteiras, o “ambiente” irá incentivar também actos análogos no “ocidente”, tacitamente com a intenção de criar obstáculos às iniciativas dos povos, que já se estão a suceder (greves, manifestações, surgimento de sensibilidades mais radicalizadas… ).

O outro fenómeno em curso é o de surgimento de partidos à direita, cujos discursos têm a aparência de legitimidade, mas não põem em causa a essência vassala do zombi-híbrido EU/NATO.

Os estados europeus estão por isso sujeitos à artificiosa expressão duma Comissão Europeia feudal, avassalada, cúmplice e estúpida em todas as evidências: em termos ideológicos o sadomasoquismo floresce em tempos de “orgulho gay”!

Nos gasodutos a sabotagem ocorreu longe da Rússia, mas afectando sobretudo a Alemanha… no assassinato de Daria Dugina e no acontecimento da ponte da Crimeia as ocorrências foram em território russo, com toda a simbologia inerente decorrente da propaganda ukronazi!…

O mundo assiste dramaticamente ao fermento do fim dum neocolonizador que é simultânea e artificiosamente neocolonizado!

No “ocidente” os povos formatados ao “diktat” da guerra psicológica inerente ao exercício unipolar, não imaginam porém até onde são capazes de ir, de cidade em cidade, de rua em rua, de casa em casa, centímetro a centímetro, os que passaram a actores de mudança de paradigma desde a forja do Centro Internacional de Treinamento de Forças Especiais instalado em Gudermes, na Chechénia libertada e integrada na Federação Russa!

A luta de libertação na Europa distende-se desde o fragor das batalhas na Chechéna, na Síria e na Ucrânia, assim como em outros dos mais recônditos lugares do planeta, entre eles os mais que vulneráveis e fragilizados estados do Sahel africano, onde o grupo Wagner, com muitos dos seus componentes treinados em luta contra o terrorismo, vai assistindo as forças armadas africanas que se querem ver livres do “diktat” neocolonial da FrançAfrique e do jogo bárbaro do AFRICOM!

A libertação é um dos condimentos essenciais da mudança de paradigma, num esforço que implica largas décadas de luta e os povos europeus, tal como os povos do Sul Global, agora que se assiste ao disseminar do caos em seu próprio solo, vão ter a oportunidade de se tornarem verdadeiros autores de seu destino, sacudindo o espectro retrógrado, caótico, terrorista e desagregador de que também são simultaneamente alvo e vítima desde a IIª Guerra Mundial!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 8 de Outubro de 2022.D:\PRODUÇÕES\2022\MJ - AGO 22\CÍRCULO 4F..jpg

 


Imagen: Europa sacudida por marchas a favor de disolución de la EU – Ciudadanos en varios países europeos han protestado contra las políticas de la Unión Europea (UE) y han pedido la disolución de este bloque de 27 países. – https://www.hispantv.com/noticias/europa/552949/marchas-europa-disolucion-ue

Alguns textos de suporte:

Alguns textos de Martinho Júnior: